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Sem estrutura para o time treinar, presidente do Mixto desabafa: 'pode trazer o Messi aqui que não vai render'

"O Mixto não começa do zero, ele começa com menos quatro milhões de dívidas e sem nenhum patrimônio, a não ser a sua imensa torcida espalhada por Mato Grosso e pelo Brasil", explicou.



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O presidente do Mixto Esporte Clube, Vinicius Falcão, esclareceu alguns pontos que levaram o não acesso da equipe para a elite do futebol mato-grossense. Dentre as reclamações estão a arbitragem, o pouco entrosamento da equipe e a falta de estrutura do clube, que impossibilita uma boa preparação aos jogadores.

Falcão afirmou que a arbitragem de Mato Grosso deixa a desejar e lembra de um episódio que foi crucial para que o time não conseguisse subir de divisão. “Começando pelo pênalti que foi dado pelo árbitro Eliniel lá em Rondonópolis no primeiro jogo lá contra o Academia. Se tivéssemos voltado de lá com os três pontos talvez o campeonato seria diferente, uma vez que tiraríamos um ponto do Academia e ganharíamos dois, como vencemos ontem a partida (contra o Academia) isso tornaria o campeonato bem diferente e o Mixto teria conseguido o acesso. Isso aí é constante, infelizmente nossa arbitragem é muito ruim, muito ruim, todo jogo tem polêmica, todo jogo tem erros e é algo que precisa ser repensado no futebol de Mato Grosso”, afirmou o presidente.

Sobre o time, Vinicius explicou que o time não era tão ruim para não conseguir o acesso, pois tinham jogadores com bastante bagagem no grupo. Como é o caso de Luizão que já jogou em Santa Catarina, o Amendoim que era um jogador importante do Campeonato Maranhense e o goleiro Elzo que atuava pela base do América-MG. “Infelizmente o nosso time não rendeu, não se encontrou em campo, acredito que o empate aqui quando o time estava melhor e algumas situações de alterações, pois o nosso banco era um pouco limitado, acabamos com a infelicidade de perder lá em Sinop e isso aí atrapalhou muito”, explicou Falcão.

Para próxima temporada, o presidente afirmou que irá em busca de novos recursos para continuar a restruturação do time. Segundo Vinicius, a permanência na Série B do Estadual afetará o caixa financeiro do time, pois os torcedores e os patrocinadores acabam desanimando de alguma forma. “Agora vamos buscar recursos, nós estamos fechando o ano e tivemos que antecipar várias receitas que tinham. Acredito que pela forma de não alcançar o resultado, a torcida que vinha ajudando muito, inclusive financeiramente vai desanimar, todos que nos patrocinaram desanimam.  Então nós temos que trabalhar ano que vem para restruturação e ela tem sido feita muito bem juridicamente”, destacou.

Para o dirigente, o clube precisa de um Centro de Treinamentos, pois segundo o gestor, todo clube que se preze necessita de um lugar para treinar, a fim de oferecer uma boa preparação para os atletas. Vinicius explicou que até o fim deste ano, um CT deve ser construído para o time.

“Tivemos animados com a finalização do CT lá do Antero e infelizmente não conseguimos treinar lá durante a série B. Isso também prejudicou um pouco o planejamento. A gente teve que correr atrás de campo e conseguimos um campo onde tem sido os treinos, mas com uma estrutura um pouco limitada. Acredito que para ter um time competitivo começa por um CT, por isso a gente decidiu construir. Nós estamos fazendo parcerias e começamos no final de junho, daqui para o final do ano que nós devemos focar”, disse o dirigente.

Por fim, o presidente mandou um recado para todos os torcedores mixtenses espalhados pelo estado de Mato Grosso, dizendo que a permanência na Segunda Divisão do Estadual é frustrante para o clube, porém ressaltou que as dívidas estão sendo sanadas e que logo um CT irá ser construído para que os atletas tenham uma estrutura de qualidade. O dirigente também pediu um voto de confiança para atual gestão e prometeu que no próximo ano, a equipe estará muito mais preparada.

“O recado que eu passo pra torcida que confia nessa gestão é que todos nós estamos bem envergonhados, estamos bem tristes porque realmente o acesso seria uma mudança de paradigmas e uma credibilidade muito boa que a atual gestão ia passar. Porém, o Mixto ele tem uma série de dificuldades, principalmente estrutural, não tendo campo nem para treinar e hoje isso mata qualquer projeto, porque você não consegue dar estrutura de trabalho para os atletas. O Mixto não começa do zero, ele começa com menos quatro milhões de dívidas e sem nenhum patrimônio, a não ser a sua imensa torcida espalhada por Mato Grosso e pelo Brasil. Sem a estrutura física você pode colocar qualquer projeto, trazer o Messi, trazer o Rodrigo Caetano, trazer o Brás do Flamengo aqui que não vai render”, concluiu. 

 

 

Por: Fernando Soares


Data: 2021-08-01 00:00:00