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Cuiabá , MT - -

Presidente do Nova Mutum pede afastamento do cargo após ser acusado racismo

Durante este período, o vice-presidente do clube, Eudes Gomes Pereira, estará à frente do Azulão da Massa



ESSA NOTÍCIA É UM OFERECIMENTO:


Após ser acusado de cometer injúria racial contra um preparador físico do União de Rondonópolis, o presidente do Nova Mutum, Anir Siqueira pediu afastamento do cargo. Durante este período, o vice-presidente do clube, Eudes Gomes Pereira, estará à frente do Azulão da Massa

"O membro diretor suspeito, que é empresário local, membro da direção FMF e que vem atuando brilhantemente em seu papel há anos, com objetivo da busca da verdade real e por razões pessoais, na tarde de ontem, requereu seu afastamento do cargo, para que o fato seja devidamente esclarecido", diz o trecho da nota.

O ato teria ocorrido durante a partida realizada entre os dois clubes na tarde de domingo (31), pela 5ª rodada da Copa FMF. Segundo o dirigente colorado, Anir chamou o fisiologista Jaques Douglas Silva de “negrinho pobre” e o volante Ruan Bahia de “macaco”. Após o episódio, dirigentes do União se encaminharam até a delegacia mais próxima de Nova Mutum para registrar o ocorrido no Boletim de Ocorrência.

Sobre o episódio, a diretoria do Nova Mutum alegou que busca esclarecer os fatos e afirmou que não compactua com atitudes racistas, ou qualquer tipo de preconceito. "A comissão técnica, diretoria e organização se prontificam a esclarecer todas as dúvidas pertinentes ao assunto supramencionado, e afirmamos ainda que não pactuamos com qualquer atitude desrespeitosa, quão mais, mas não exclusivamente no que tange à raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou deficiência".

Na súmula do jogo, nenhum membro da arbitragem presenciou o caso de racismo, porém, puderam afirmar que Anir Siqueira estava visivelmente embriagado. Além disso, o relato do árbitro informa que os fatos aconteceram nas arquibancadas.

Confira:

"Fui informado pelo Sr. Marcelo Galiano, responsável pelo clube, após a conclusão da partida, que o Sr. Anir Siqueira Coimbra, presidente do Nova Mutum Esporte Clube, ofendeu o preparador físico do União Esporte Clube com as seguintes palavras "negrinho, vagabundo". O mesmo ainda informou que o presidente também ofendeu o número 5 do UEC, Sr. Ruan Marcos Jesus dos Santos, de macaco. Ressalto que o presidente do Nova Mutum, Anir Siqueira apresentava sinais evidentes de embriaguez. Reitero que nenhum membro da arbitragem e o delegado da partida Sr. Diogo José Ribeiro Carvalho, presenciou esse fato, pois de acordo com o relato do Sr. Marcelo Wilian Gagliano o fato aconteceu na arquibancada", informa a súmula.

Veja a nota do Nova Mutum na íntegra

O Nova Mutum Esporte Clube, através de sua diretoria, tomou conhecimento do episódio relatado através das mídias sociais, no qual na data de 31 de outubro de 2021, o preparador físico do União Esporte Clube registrou um Boletim de Ocorrência alegando ofensas proferidas pelo Presidente deste clube, onde este haveria proferido palavras que caracterizariam o fato de injúria preconceituosa.

Cabe aqui ressaltar que ao longo da formação do Nova Mutum Esporte Clube – fundado em 1988 – nunca ocorrera qualquer episódio semelhante. A diretoria pede a toda a sociedade, torcedores e amantes do futebol, as mais sinceras desculpas por tal envolvimento e publicidade negativa.

Infelizmente o fato que vem sendo veiculado nos mais diversos meios de comunicação, sem a devida empatia, cautela e respeito à imagem dos supostos envolvidos é deveras prejudicial e constrangedora.

O membro diretor suspeito, que é empresário local, membro da direção FMF e que vem atuando brilhantemente em seu papel há anos, com objetivo da busca da verdade real e por razões pessoais, na tarde de ontem, requereu seu afastamento do cargo, para que o fato seja devidamente esclarecido.

A comissão técnica, diretoria e organização se prontificam a esclarecer todas as dúvidas pertinentes ao assunto supramencionado, e afirmamos ainda que não pactuamos com qualquer atitude desrespeitosa, quão mais, mas não exclusivamente no que tange à raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou deficiência.

Seja no convívio societário, seja dentro ou fora do campo, devemos nos pautar tão somente na disputa cordial e profissional, deixando o ódio e a formação de opiniões desidiosas fora daquele que é o esporte mais popular e bonito do mundo. No clube temos como praxe o dizer de que a única diferença de cor é só a camisa dos jogadores.

Logo, diante de todo o ocorrido, busquemos nesse momento, a devida cautela nos comentários, posto que, antes do devido processo legal, um julgamento arbitral afasta a empatia, podendo acarretar danos irreparáveis aos envolvidos, além de promulgar o ódio e a discordância social.


Data: 2021-11-03 00:00:00