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Campeã mundial fala sobre disputa na pandemia e constata ritmo forte das sul-coreanas

Nathalie Moellhausen gostou do desempenho na Copa do Mundo de Espada e acredita que o ritmo de competição fez a diferença para as asiáticas



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Foram quase 13 meses sem disputar um único torneio. Nathalie Moellhausen, campeã mundial em 2019, finalmente sentiu a sensação de estar em combate na Copa do Mundo de Espada, disputada até o início da semana passada, na Rússia. Ela gostou do desempenho apresentado em uma das categorias mais equilibradas da esgrima, ficando com o nono lugar na classificação geral. E faz uma observação interessante: os sul-coreanos mostraram um ritmo muito intenso em todos os torneios disputados no mês de março.

Nathallie já está classificada oficialmente para os Jogos de Tóquio, sendo a melhor atleta das Américas no ranking olímpico. O grande objetivo é a medalha na Olimpíada, e ela se mostrou muito atenta ao desempenho das demais adversárias. Na Copa do Mundo, ela caiu exatamente para uma sul-coreana, Sera Song. O torneio foi vencido por uma atleta daquele país, Choi Injeong, com outra esgrimista da Coreia do Sul, Kang Young Mi, ficando em terceiro.

“Era evidente que o ritmo da coreana era muito alto. O resultado deles mostra isso, eles estiveram em atividade o ano todo. O ritmo que eu tive, que foi muito bom nos primeiros dois tempos, baixou um pouco no terceiro. O dela não baixou. Isso desestabilizou minha vantagem. Foi reflexo de pista, de competição”, explica Nathalie.

Outro detalhe importante é observado pela atleta: em uma categoria tão equilibrada, a falta de ritmo acaba sendo ainda mais determinante. “Nos dois primeiros combates eu enfrentei atletas muito abaixo da minha posição, mas isso não conta muito na espada. Das 16 primeiras do ranking mundial, oito saíram no primeiro combate. Isso acontece muito na espada, sobretudo numa competição depois de tanto tempo, existe aquela pressão que sentimos somente no dia. Foi como havíamos imaginado”, diz a campeã mundial.

Porém, Nathalie Moellhausen faz uma avaliação bem otimista. Se mostrou muito adptada a uma nova realidade por conta da pandemia de Covid-19. E se sente muito bem para brigar por medalhas em julho, na Olimpíada.

“Em geral, foi uma competição muito positiva. Cheguei muito bem preparada, com boas sensações, estava me sentindo muito bem há um mês e meio. Aproveitei, curti, variei o tipo de jogo. Não fiquei incomodada com a máscara, com a organização, com o protocolo, enfim, nada me incomodou. Para mim, a sequência de combates foi bem parecida com a Olimpíada, um atrás do outro. Isso me ajudou muito. Me permitiu sentir como será nos Jogos Olímpicos, que é o meu real objetivo. Foi uma experiência muito positiva, estou ainda mais motivada”, avisa a campeã.
 

Data: 2021-03-31 00:00:00