Cuiabá , MT - -
Independente do desfecho do jogo de amanhã contra o Cuiabá, na decisão do Campeonato Mato-grossense da 1ª Divisão de 2015, a torcida do velho e tradicional Clube Esportivo Operário Várzea-grandense está rezando para que sua volta a elite do futebol de Mato Grosso seja definitiva. Na realidade, a segunda maior cidade do Estado estava precisando mesmo desse reencontro de sua gente com o lendário clube que sempre honrou suas tradições.
Mas para que esse reencontro se consolide em bases sólidas que garantam ao clube dar continuidade à sua trajetória vitoriosa, interrompida por uma crise administrativa e financeira que parecia não ter mais fim, é preciso que o lendário Chicote da Fronteira monte um time de alto padrão como é o caso de Cuiabá e Luverdense, que não se limitam a formar equipes só para disputar uma temporada e depois desaparecem, com o esfacelamento de seus plantéis...
No entanto, a estruturação de um clube de futebol, como os exemplos que estão dando Luverdense e Cuiabá, exigem altos investimentos, que passam necessariamente pelo apoio dos torcedores, não apenas pelo comparecimento nos estádios, mas participando efetivamente da vida da agremiação. Como integrar o quadro associativo da agremiação, uma importante e segura fonte de renda, participar de suas promoções...
É preciso também, e como!, o apoio do empresariado, porque sem respaldo financeiro que lhe garanta a sobrevivência, um clube, por mais tradicional que seja, como é o caso do Operário, não passa de um time de 11 camisas. Quer dizer com tantas e grandes empresas funcionando em Várzea Grande, que merecidamente é chamada de “Cidade Industrial”, não se entende como o seu tradicional representante no futebol não receba um grande apoio do empresariado.
O saudoso Velho Guerreiro Rubens dos Santos, que durante muitos anos carregou o Operário nas costas, tinha uma explicação para o afastamento dos empresários da vida do clube: muitos dirigentes usaram o Operário para se locupletarem, “passando a mão” no dinheiro e no patrimônio do lendário Chicote da Fronteira. É nesse passado que a nova diretoria operariana tem que passar uma borracha para que o tricolor reencontre seu glorioso caminho.
Defesa, nova preocupação
O treinador Éder Taques, que em poucos dias de trabalho conseguiu dar uma nova cara ao Operário Várzea-grandense, andava meio preocupado com o ataque da equipe -- que não tem revelado muita eficiência -- com vistas ao jogo decisivo de amanhã na Arena Pantanal contra o Cuiabá. Mas depois que o atual bicampeão mato-grossense tascou cinco gols no Remo, o técnico passou a ter maior preocupação também com a defesa. E com toda razão, pois o ataque dourado esteve simplesmente arrasador contra o maior papa títulos do futebol paraense.
Balde de chá
É um balde e não uma simples colher de chá o que a Federação Mato-grossense de Futebol está dando para a torcida da Baixada Cuiabana, cobrando valores camaradas – R$ 2,00 a inteira e R$ 1,00 a meia entrada – no jogo de amanhã entre Operário e Cuiabá, na decisão do título estadual de 2015. É uma chance que muitos torcedores terão de conhecer por dentro o grande estádio que custou mais de R$ 500 milhões, o dobro do que estava previsto no orçamento original. Quem sabe com uma promoção desse quilate, a Arena Pantanal deixa de ser um palco para moscas...
Tropeço na largada
O Luverdense perdeu na sua estreia no Campeonato Brasileiro da Série B, caindo diante do Náutico, em Recife, pela contagem mínima. Agora, na próxima rodada, o representante de Lucas do Rio Verde recebe o América, de Minas Gerais, disposto a iniciar sua arrancada rumo ao topo da Série A, pois foi com esse objetivo que o Luverdense contratou vários jogadores de alto nível para enfrentar a longa e difícil caminhada em busca de um sonho de uma cidade poderosa economicamente. Pelo que o Luverdense investiu para transformar o sonho de uma população em realidade parece que o dinheiro da soja, do algodão, do milho... anda correndo solto pelas bandas de Lucas do Rio Verde.
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