Cuiabá , MT - -
Ao longo de 20 anos o clube já teve 17 presidentes; alguns polêmicos, vitoriosos, outros um total desastre, e o mais recente renunciou ao cargo.
No próximo sábado (dia 18) o Mixto Esporte elege sua nova diretoria, com promessa de investir alto nas categorias de base. A escolha dos novos mandatários será feita através do voto dos membros do Conselho Deliberativo.
Ao longo de 20 anos o clube já teve 17 presidentes; alguns polêmicos, vitoriosos, outros um total desastre, e o mais recente renunciou ao cargo. Foram servidores públicos, pecuarista, um vereador, advogado, secretário de estado que virou delator, dentista, bancário, ex-treinador e dois professores. Ao longo desses anos o Mixto poderia muito bem ter conquistado um lugar no ‘Guineess Book’ - o famoso Livro dos Recordes, afinal, foi o clube que mais presidentes teve em tão pouco tempo na história do futebol brasileiro. Foram 17 em 20 anos.
Desde a conquista do título estadual de 1996, na gestão de Orlando Fernandes Craici, o clube tem sofrido para encontrar uma diretoria competente e montar equipes competitivas, a altura de sua história e tradição.
Paulo Cesar Gatão sai da torcida para assumir o clube (A Gazeta) |
O ex-jogador de futsal Walter Hudson renunciou ao cargo este ano (A Gazeta) |
No ano de 2012 Hélio Machado deixou o cargo em abril, após Júlio Pinheiro ter desistido de permanecer ao cargo para qual fora eleito novamente. Em julho de 2013, Hélio Machado renunciaria novamente, até o supersecretário de Estado, Eder Moraes ser eleito em junho. Com ideias megalomaníacas, Moraes iniciava uma trajetória que parecia revolucionar o clube, com contratações de impacto e investimentos na ordem de R$ 5 milhões, que não deram em nada.
No ano de 2014 Eder Moras renunciava ao cargo em julho, após ter sua prisão decretada pela Justiça e se tornar delator nas operações da Polícia Federal. Elber Rocha, então presidente do Conselho Deliberativo assumia interinamente; em seguida Cristino Batista, eleito presidente do Conselho.
Em novembro de 2014, o torcedor e ex-gandula do Verdão, Paulo César Camargo - o Gatão é eleito com a voto da maioria, como candidato único.
Em menos de um ano de gestão, enfrentou forte resistência do Conselho Deliberativo, que renunciou em peso. No mesmo ano o departamento de futebol do clube foi terceirizado para gestores de Campinas-SP, até um atleta de 21 anos, contratado em Curitiba/PR, denunciar às autoridades dois empresários ligados ao clube e aos gestores. Extorquido, o jogador denunciou o caso em reportagem exclusiva de A Gazeta e colocou os golpistas para correr.
Proibido de falar pelo clube e censurado pelos gestores e sua própria diretoria, o presidente Gatão saiu. Foi o 12º a renunciar. Em seu lugar assumiu o ex-goleiro de futsal e funcionário público Walter Hudson, que renunciou em maio desse ano.
Atual presidente do Conselho Delibetrativo, o vereador por Cuiabá sargento Joelson, se posiciona ironicamente contrário a participação de políticos na gestão do Mixto. Hoje um dos colaboradores mais ativos do Alvinegro, ele ressalta que a imagem e administração foram prejudicadas ao longo dos anos justamente por interferência política.
“O Mixto tem que se afastar da política. O clube se encontra desta forma em especial por estar ligado politicamente com algumas pessoas. Dou minha parcela de contribuição sem misturar política com o futebol”, disse Joelson, descartando qualquer possibilidade de assumir o papel de mandatário do clube para os próximos anos.