Como nenhum estadual ainda foi retomado no País e todas as competições internacionais estão adiadas ou transferidas, a FMF ‘segue o fluxo’. Na semana passada, uma reunião com os presidentes de clubes, marcada para discutir o assunto foi cancelada. Mas o cancelamento foi "uma orientação das autoridades de saúde – por conta da covid-19", segundo a FMF. O presidente nega que tenha sido em virtude de um problema de saúde com ele."Fiz exames e estava bem!", afirmou Dresch.

A decisão a ser tomada - qualquer que seja - será polêmica. Se encerrar a competição, valendo apenas os jogos da Primeira Fase, que rebaixou Mixto e Araguaia, os dois clubes de pior campanha prometem apelar para se manter na Primeira Divisão.

Se optar pela retomada do torneio com os 8 classificados, a entidade correrá o risco de obrigar os clubes a se enfrentarem com portões fechados – sem a presença de torcedores, e, com jogos no meio de semana, a fim de acelerar o calendário já perdido.

“Estamos aguardando uma flexibilidade nos decretos (Estadual e Municipal que impedem eventos) para voltar com a competição. Pelo menos essa é a ideia da FMF. Logo que possível será discutido com os clubes se será possível e de que maneira isso poderá acontecer. Temos que aguardar ainda”, argumentou Diogo Carvalho, diretor de competições da FMF.

Entre os dirigentes as opiniões estão divididas. Enquanto parte defende a retomada e o prosseguimento, como União, Dom Bosco e Operário, outros estão mais céticos, como Helmute Lawisch, do Luverdense e Orivaldo Rondon, do Poconé, que já não tem mais time e nem recursos. Especialistas em infectologia consultados pela Fifa, prevém a volta das competições em sua plenitude, no primeiro semestre de 2021.

POR/Oliveira Junior