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Cuiabá , MT - -

VENDA ILEGAL DO “Caixa Preta” da Federação foi aberta; venda do “Dutrinha” é ilegal

Estas foram as palavras do presidente da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) Aron Dresch, ao falar com a imprensa Publicados 57 minutos atrás em 16 de maio de 2020Por Blogdovaldemir



ESSA NOTÍCIA É UM OFERECIMENTO:


Essa é apenas uma das irregularidades que já descobrimos através da auditoria. Para ser vendido, o estádio que pertence à Federação Mato-grossense de Futebol deveria ter a aprovação da maioria dos filiados, numa Assembleia Geral, através de voto, e isso não aconteceu! Alguém ouviu falar dessa assembleia? ninguém. Então a venda foi ilegal e o estádio pertence à Federação sim!”.

Estas foram as palavras do presidente da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) Aron Dresch, ao falar com a imprensa sobre a ilegalidade da venda do Estádio Eurico Gaspar Dutra, o “Dutrinha” pela FMF e a Prefeitura Municipal de Cuiabá, após a realização de uma auditoria feita a pedido da atual gestão da Federação nas gestões anteriores, a cargo do já falecido Carlos Orione, o “Barão” como era conhecido.

Estádio Presidente Eurico Gaspar Dutra, o “Dutrinha”, é oficialmente patrimônio do município de Cuiabá. A solenidade de entrega do Estádio, pela Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) a Prefeitura da Capital, foi realiza na manhã de uma sexta-feira, 30 de setembro de 2011. O Prefeito de Cuiabá na época, Francisco Bello Galindo recebeu o “Dutrinha” oficialmente das mãos do presidente da Federação Mato-grossense de FutebolCarlos Orione.

O campo de futebol do “Dutrinha” tem medidas oficiais, 110 x 75 metros, o Estádio Presidente Eurico Gaspar Dutra, está localizado na Rua Joaquim MurtinhoPraça Benjamin Constant, no Bairro Porto, em Cuiabá. O “Dutrinha” foi declarado Tombado como Patrimônio Histórico de Cuiabá-MT, pela Lei Municipal 2.761 de 25/05/1990, de autoria do então vereador Emanuel Pinheiro, como forma de preservá-lo.

Construído em 1952, o “Dutrinha” foi o segundo Estádio de Cuiabá, o primeiro foi o “Estádio do Comércio”, hoje nos fundos do Colégio Liceu Cuiabano. O Estádio foi o principal palco do futebol mato-grossense até a inauguração do “Verdão, em 1976. O “Dutrinha” é o local de maior identificação do Mixto Esporte Clube, que ali viveu grandes momentos de sua história. A característica mais marcante do “velho Dutrinha” é a proximidade da torcida com os jogadores em campo.

A “Caixa Preta” da Federação foi aberta

Aron Dresch comanda a presidência da Federação Mato-grossense de Futebol há 3 anos, após vencer uma eleição apertada de 22 votos contra 15 de João Carlos de Oliveira Santos, que era vice-presidente do falecido Carlos Orione e representava a “velha gestão”.

“Caixa Preta” da Federação foi aberta, e só agora as informações vieram à tona, mas nem todas agora; é que a agora a entidade pretende divulgar detalhadamente os números da auditoria feita por um escritório especializado, apenas na próxima semana.

Venda irregular

A venda do Estádio Eurico Gaspar Dutra, o “Dutrinha” pela Federação Mato-grossense e a Prefeitura Municipal de Cuiabá ocorreu em 2011, por R$ 3,5 milhões, um valor bem abaixo do mercado, devido a localização da praça esportiva, mas, somente em 2014 as autoridades resolveram “agir”. Na época, Carlos Orione, presidente da Federação Mato-grossense de Futebol, foi intimado a prestar esclarecimentos ao Ministério Público Estadual (MPE) sobre a negociação.

O promotor de Justiça do Núcleo de Defesa da Cidadania e do ConsumidorEzequiel Borges de Campos, oficiou o “Barão”Carlos Orione, após ter sido provocado por meio de denúncia proposta pelo torcedor do Cuiabá Esporte ClubeRonicley dos Santos.

O torcedor encaminhou ao Ministério Público Estadual um dossiê com mais de 20 laudas, relatando possíveis irregularidades nas transações da Federação. Quando o Estádio Eurico Gaspar Dutra, o “Dutrinha” foi comprado pela Prefeitura de Cuiabá, o então vereador Júlio Pinheiro (ex-presidente do Mixto Esporte Clube) ocupava o cargo interino de Prefeito de Cuiabá.

Eu vou ver o resultado agora. Não vi nada ainda. O que posso dizer é que realmente existem irregularidades que irei detalhar futuramente. Paguei uma fortuna para fazer essa auditoria com dinheiro do meu bolso porque sei da importância de revelar a realidade da FMF. Não podemos deixar como está”, disse Aron Dresch.

Como se sabe a Federação Mato-grossense de Futebol e todas as demais federações estaduais, bem como a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) são entidades privadas, não públicas, ao contrário do que muitos imaginam; apesar disso, como recebem recursos públicos para alguns eventos, são obrigadas a prestar contas da utilização desse dinheiro; o problema é que nem sempre esses balancetes convencem a todos, como ocorreu recentemente.

Arrecadação

Como todas as federações estaduais, a Federação Mato-grossense de Futebol funciona graças as taxas cobradas dos clubes, de parte da arrecadação das bilheterias dos jogos, taxas, mas, principalmente dos repasses feitos pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). – (Com A Gazeta)


Data: 2020-05-16 00:00:00