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Cuiabá , MT - -

A goleada colorada vista do gramado

Além da atuação de luxo do time e do brilho de Nilmar e seus dois gols, goleada do Inter sobre a La U por 4 a 0 na quinta contou com momentos tensos e confusões



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 Imagine um caldeirão, ou uma terra sem lei. Impulsionado por uma torcida descontrolada, o Estádio Nacional rugiu na noite desta quinta-feira, durante a goleada de 4 a 0 do Inter sobre a Universidad de Chile. O que se viu em campo foi um jogo incomum, cheio de lances ríspidos dentro e fora de campo, que geraram instantes de tensão.

 

A partir de então, o GloboEsporte.com esmiúça com riqueza de detalhes de quem acompanhou a partida com vista privilegiada ao lado do campo e viu particularidades que somente existem em uma competição chamada Libertadores da América. 

Parceira da torcida do Grêmio, os chilenos da La U tentaram criar uma rivalidade Gre-Nal no jogo desta quinta-feira. Em diversos pontos do Estádio Nacional eram vistos torcedores com a camisa tricolor. Um deles provocava ao balançar a vestimenta colorada de cabeça para baixo. 

Ninguém em campo estava mais inspirado do que Nilmar. Foi como se o centroavante retornasse no tempo e voltasse a exibir a velocidade e oportunismo característico, como daquele atacante que surpreendeu uma defesa inteira do Corinthians, há seis anos Pois o centroavante liquidou a defesa adversária. Esperou um erro na saída de bola de Johnny Herrera e surpreendeu o goleiro com tamanha imposição física. Ampliou de bico de chuteira da entrada da área e ainda teve oportunidades claras e balanças as redes em outras duas oportunidades. Foi eleito pela Conmebol como o melhor em campo. 

 

- Acho que não só a minha melhor atuação, mas como a do time. A gente teve a chance de fazer o que buscávamos desde o início. Queríamos uma vitória convincente para nós mesmos e também para os torcedores, que estavam cobrando bastante - disse o herói da noite.

O ingresso de Alex durante o decorrer da partida era uma certeza. Não é errado dizer que o meia era o jogador mais atuante no banco de reservas. O atleta conversava com Aguirre e chegou a ser advertido pela arbitragem por se juntar a uma comemoração de gol. Alex tem o respeito e carinho do grupo. Nilmar, Eduardo Sasha e D’Alessandro. Os três foram cumprimentar o meia durante comemorações de gol. 

D’Alessandro teve a chance de marcar em cobrança de pênalti e tornar o placar ainda mais elástico. Não conseguiu, talvez graças a um laser oriundo da torcida. Quando partiu para a cobrança, ficou com uma luz verde marcada no rosto. Parou, chamou o árbitro e explicou o inconveniente, apontando para o próprio olho direito. 

A partir da segunda metade da etapa final, a torcida local incendiou. Em nenhum momento, torcedores das organizadas da La U pararam de entoar canções de apoio, mas extrapolaram.

 

Com o placar adverso perante o clube brasileiro, torcedores promoveram uma chuva de objetos ao gramado. Moedas, pedaços de ferro ou sinalizadores foram os itens mais comuns. A polícia local precisou interceder e formar uma barreira por trás da meta de Johnny Herrera. Ainda assim, chilenos soltaram variados fogos de artifício. Ao cobrar um escanteio, D’Alessandro quase foi acertado por uma garrafa de whisky. O camisa 10 reclamou com a arbitragem e foi puxado por chilenos para efetuar a cobrança de uma vez.

 

- Jogaram uma garrafa de whisky, que não me acertou, mas passou do lado. Podia ter me atingido - contou o gringo, que brincou: - Se estivesse cheia, teria levado.

 


Data: 2015-04-17 00:00:00