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Ainda é possível? Europeus levam 12º Mundial dos últimos 13 anos e ampliam vantagem

Título do Liverpool é o 33º do continente, contra 26 dos sul-americanos, entre a extinta Copa Intercontinental e torneio realizado pela Fifa. Marco da virada é a criação da Lei Bosman, em 1995



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A principal discussão após a conquista do Liverpool no Mundial de Clubes foi: o Flamengo foi o time que mais deu trabalho a um campeão europeu nos últimos anos? A verdade é que fazer um jogo minimamente equilibrado tem sido a única meta alcançável para os sul-americanos no torneio. Os europeus dominam amplamente a competição nos últimos anos.

O título dos Reds foi o 12º das últimas 13 edições da competição. O sétimo em sequência. Desde que a Fifa adotou o atual modelo, em 2005, foram 15 disputas: três vencidas por sul-americanos (São Paulo, Internacional e Corinthians) e 12 por clubes do Velho Continente.

Se unificados o Mundial de Clubes e a Copa Intercontinental, que reunia apenas os campeões continentais da Europa e América do Sul, foram 59 taças disputadas. O placar do momento é: Europa 33 x 26 América do Sul.

Mas não era assim. Há um marco que representa a virada dos europeus na disputa: a Lei Bosman, de dezembro de 1995.

No fim daquele ano, o Tribunal de Justiça da União Europeia deu razão ao jogador belga Jean-Marc Bosman, que moveu ação judicial contra seu clube, o RFC Liège, por ser impedido de se transferir para uma equipe francesa da Segunda Divisão, o Dunkerque. A decisão favorável veio apenas cinco anos após o pedido do atleta. Mas mudou a realidade do futebol europeu (veja vídeo acima, de 2015, e entenda).

As ligas europeias foram proibidas de limitar a quantidade de estrangeiros contratada por um clube de futebol. Os jogadores passaram a poder circular livremente entre os países da União Europeia. A limitação de atletas de outro país é algo que existe no Brasil, por exemplo, onde os times podem escalar no máximo cinco estrangeiros em campo.

Paralelamente, as ligas cresceram, com novos contratos de direito de transmissão, e as equipes tinham maior poder financeiro. Surgiu uma elite de clubes na Europa. E assim o domínio das equipes do Velho Continente em seu encontro anual com os sul-americanos.

 

 

 


Data: 2019-12-22 00:00:00