Cuiabá , MT - -
Em jogo com 90 minutos de paralisação, Bruno Batata marcou o gol do título operariano, mas goleiro também foi herói
Do outro lado, o Cuiabá deixou de conquistar o primeiro título nacional para o Mato Grosso. Apesar disso, elevou o patamar do futebol do estado ao bater o recorde de público da Arena Pantanal, com 41.312 presentes. Antes, a marca era do duelo entre Nigéria e Bósnia Hezergovina, pelo Grupo F da Copa do Mundo de 2014, com 40.499 pessoas
PARALISAÇÃO
O cronômetro marcava três minutos quando os presentes na Arena foram surpreendidos com uma queda de energia que deixou parte dos refletores sem luz. Com isso, o árbitro paralisou a partida e a primeira reação dos torcedores foi de seguir a festa, fazendo ola e acendendo as luzes dos celulares. Mas a demora transformou a euforia em impaciência e logo foram ouvidas vais nas arquibancadas. A espera para que a bola voltasse a rolar foi de noventa minutos.
PRESSÃO CUIABANA
A partida foi reiniciada e as primeiras oportunidades claras de gol demoraram um pouco a surgir. Aos poucos, o Cuiabá foi contagiado pela energia da torcida e conseguiu aplicar sua proposta totalmente ofensiva. Aos 19 minutos, Simão fez grande defesa após cabeceio de Jenison. Três minutos depois, Adriano Pardal saiu livre, muito perto do gol, mas mandou para fora.
Apesar de continuarem com a posse de bola no campo de ataque, os cuiabanos tiveram dificuldades para criar mais oportunidades de gol e até deixaram o Operário equilibrar um pouco as ações dos jogos. Ainda assim, o time de casa quase foi para o intervalo em vantagem no placar, não fosse mais uma boa intervenção de Simão, que usou o pé para defender cabeceio de Adriano Pardal, aos 47.
BATATA... E SIMÃO!
No início do segundo tempo, o time de Ponta Grossa resolveu se arriscar um pouco mais no ataque e viu a iniciativa dar resultado. Aos nove minutos, Quirino entrou na área pela esquerda e bateu cruzado. O goleiro Victor Souza espalmou e a bola sobrou para Bruno Batata abrir o placar.
O gol sofrido logo no início da etapa complementar fez com que o Cuiabá se lançasse ao ataque sem a mesma organização apresentada durante o primeiro tempo. Quase sempre com os dez jogadores de linha no campo de ataque, os cuiabanos foram para o tudo ou nada e deixaram o jogo emocionante, dando espaço para o Operário contra-atacar.
Ainda assim, os donos da casa fizeram uma pressão absurda nos minutos finais e viram Simão operar dois milagres após os 45 minutos, além de terem colocado uma bola na trave. O goleiro foi decisivo e saiu de campo como um dos heróis do título.
FICHA TÉCNICA