Era um confronto difícil.

assar pelo Sinop nas semifinais seria um feito histórico. O primeiro jogo na Arena Pantanal serviu para mostrar que poderíamos jogar de igual para igual.

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 Mais do que isso. Que poderíamos ser melhores, como fomos, apesar de acabar sendo derrotados por erros nossos, falhas individuais e coletivas também.

Mas jogar no Gigante do Norte é uma pedreira pra qualquer um, tanto que fizeram uma campanha invicta em casa.

Ainda assim, talvez muito pela impressão do jogo de ida, estávamos confiantes. O clima foi esse durante toda a viagem, na preleção, nos momentos que antecederam o jogo.

E também quando a bola rolou. Dominamos o primeiro tempo, tivemos as melhores chances. O goleiro Naldo do Sinop novamente se destacou com duas defesassas em finalizações do Heltinho a queima roupa. Nosso zagueiro Jean quase abriu o placar também ao raspar de cabeça um cruzamento.

A sensação era nítida de que poderíamos fazer história. O gol que levaria a disputa para os pênaltis não saíra por detalhe.

Começou o segundo tempo e com ele veio um cara que mudou a história da partida. Atacante do Sinop Jorge Preá é daqueles típicos camisas 9. Presença de área, trabalha como pivô, tem força física...  Era a arma nem tão secreta deles, pois tinha sido titular em vários jogos, mas com a estratégia inicial de explorar os contra-ataques acabou perdendo lugar no time.

Com a calma de quem está acostumado a fazer gols ele abriu o placar para o time do Nortão ao ficar cara a cara com o goleiro Victor. Ele ainda faria o segundo, com um toque de classe. Andrezinho e Cabralzinho também marcariam para fechar o placar.

Mas, sem dúvidas, o primeiro gol que merece destaque. Foi ele que desmontou nossa equipe, que abalou nosso ânimo com a visão de que a missão ficara muito mais difícil.

Apesar de todo o esforço de quem entrou, nos fizeram falta o Igor Viera, nosso camisa dez, único jogador da parte ofensiva que tinha atuado como titular em todas as partidas. Ele sentiu a virilha em um “bobinho” do treino de quinta-feira. Viajou e voltou a sentir muitas dores no aquecimento. E os suspensos Paulinho Mingau e Profeta? O primeiro artilheiro do time na competição com quatro gols em cinco jogos, experiente, jogador em fase iluminada. O segundo, titular absoluto, a qualidade na nossa saída de bola, chegando ao ataque com belos passes para nossos atacantes...

Enfim... Chegou ao fim nossa história no campeonato mato-grossense de 2017. Com certeza escrevemos mais páginas bonitas do que tristes na história do Clube Esportivo Dom Bosco. Chegamos onde podíamos. Boa sorte ao Sinop, que façam uma grande festa na final. Parabéns a sua diretoria que nos recebeu muito bem, demonstrando que a batalha se dá apenas dentro de campo e que fora dele trabalhamos todos pela melhoria do futebol mato-grossense.

Data: 2017-04-18 00:00:00