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Cuiabá , MT - -

NOTA DE REPÚDIO

É uma pena. Uma pena ver como o dever que a imprensa tem de informar corretamente pode ser desperdiçado por quem tem o maior alcance para fazer isso.



ESSA NOTÍCIA É UM OFERECIMENTO:


 Mais do que pena, o sentimento se transforma em revolta quando acontece em nome de um jornalismo de entretenimento, que se preocupa mais em fazer piada do que com os fatos em questão.

E por isso o clube Esportivo Dom Bosco REPUDIA DE FORMA VEEMENTE as matérias que tem sido veiculadas por alguns grandes meios de comunicação, aliás, pelo principal meio de comunicação do Estado, que insiste em fazer gracejos utilizando a expressão “tapetão” para conceituar um clube de futebol que respeitando os trâmites legais, busca questionar o não cumprimento dos regulamentos esportivos por parte de outro.

FATO QUE DEMONSTRA TOTAL FALTA DE COMPROMISSO COM A MEMÓRIA ESPORTIVA E ATÉ COM A VERDADE.

A expressão “tapetão” se popularizou nos anos 90 no futebol brasileiro, quando a desorganização pairava sobre o esporte que é paixão nacional. Um momento em que times e entidades mudavam a torto e a direito os regulamentos e formas de disputas dos campeonatos para beneficiar clubes depois de fatos já acontecidos.

O rebaixamento do Fluminense em 96 e a Copa João Havelange em 2000 foram exemplos claros dessas situações.

Porém de lá pra cá, o futebol brasileiro, fora dos gramados, evoluiu em vários aspectos. Não tanto quanto gostaríamos, é verdade, mas hoje temos um calendário que apesar de não ser o ideal, impossibilita situações como a do São Paulo que em 16 de novembro de 1994 jogou duas partidas no mesmo dia. Uma pela extinta Copa Conmebol e outra pelo Campeonato Brasileiro.

Nosso principal campeonato é disputado, o brasileiro da primeira divisão, é disputado há 14 anos com o mesmo regulamento, pontos corridos, que permite aos clubes se programarem corretamente.

Além disso, foram promulgadas diversas legislações que deram segurança jurídica ao esporte. O Código Brasileiro de Justiça Desportiva e a lei Nº 10.671/2003 que ficou conhecida como Estatuto do Torcedor, são exemplos claros disso.

O futebol é uma atividade que envolve vários ramos da sociedade brasileira (esportivo, comercial, jurídico...)e logo está vinculado ao Estado de Direito em que vivemos.

Ora se um advogado não obedecer os ritos processuais previstos ele incorrerá no risco de perder sua causa. Se um cidadão comum abrir um processo qualquer em um órgão público e não obedecer os requisitos terá seu processo indeferido.

Mais... se um indivíduo infringir algum artigo do Código Penal, poderá sofrer as penas devidas.

Ou seja, a vida em sociedade é regida por leis. Logo o futebol, que tem tantos interesses envolvidos, também.

E resumir algo tão sério, previsto legalmente, algo que beneficia a organização e a moralidade com um termo tão pejorativo como “tapetão”, não passa de uma leviandade, um sensacionalismo, um desserviço à informação séria e ao bom jornalismo.

 


Data: 2017-04-03 00:00:00