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Cuiabá , MT - -

Guia dos estádios: conheça a história dos palcos que serão usados em MT

Seis, dos sete estádios que serão utilizados no Mato-grossense, já receberam ao menos uma vez a partida final de um campeonato estadual



ESSA NOTÍCIA É UM OFERECIMENTO:


O Campeonato Mato-grossense 2015 começa neste domingo com sete palcos para os jogadores e torcedores fazerem deles sua casa. Vão desde o Norte do estado, perto da Amazônia, passam pelo Pantanal no Oeste, e chegam ao Cerrado no Sul. Os torcedores de Cacerense, Cuiabá, Dom Bosco, Luverdense, Mixto, Operário, Poconé, Rondonópolis, Sinop e União voltam a viver as paixões pelos clubes em locais históricos. 

Da modernidade da Arena Pantanal aos acanhados estádios de Poconé e Cáceres, o estadual promete ser um dos melhores dos últimos anos, pelo número de investimentos, disputa por vagas em torneios nacionais e pelo principal: soltar o grito de campeão. 



O estádio mais antigo e o mais novo, por exemplo, ficam em Cuiabá: Dutrinha e Arena Pantanal, respectivamente, retratam a singularidade existente nos sete palcos pelo estado. A cidade abrange quatro times na primeira divisão, e por isso vai utilizar dois estádios para os jogos do estadual. Seis, dos sete estádios que serão utilizados no Mato-grossense, já receberam ao menos uma vez a partida final de um campeonato estadual, seja da primeira ou segunda divisão. Apenas a Arena Pantanal, recém inaugurada, não teve a oportunidade de presenciar uma decisão de campeonato. Ainda.   

ARENA PANTANAL



Construída para receber quatro jogos da Copa do Mundo de 2014, a Arena Pantanal, foi levantada no lugar onde estava o antigo estádio Governador José Fragelli, o “Verdão”. O maior palco do futebol mato-grossense demorou aproximadamente quatro anos para ser construído, com um orçamento de R$ 626 milhões. Cerca de 1,8 mil operários trabalharam na obra.

A partida inaugural aconteceu no dia 02 de abril de 2014, entre Mixto e Santos, jogo válido pela primeira fase da Copa do Brasil, que recebeu cerca de 13 mil pagantes. O recorde de público foi registrado na Copa do Mundo na vitória da Nigéria sobre a Bósnia, com 40.499 torcedores. 

Construído pelo Governo do Estado de Mato Grosso, tem capacidade aproximada de 44 mil torcedores. Pensado para o clima quente de Cuiabá, as “esquinas” da arquibancada foram deixadas livres, com o objetivo de facilitar a ventilação cruzada. Vai receber jogos do Mixto, Operário, Cuiabá e Dom Bosco.



Capacidade: 44 mil pessoas 

Santos x Mixto Arena Pantanal (Foto: Edson Rodrigues / Secopa-MT)Mixto e Santos fizeram a abertura do estádio (Foto: Edson Rodrigues / Secopa-MT)







DUTRINHA



O Dutrinha, leva o nome do mato-grossense e ex-presidente da república, Eurico Gaspar Dutra, que conseguiu recursos para a construção do estádio. O estádio foi o segundo construído em Cuiabá, o primeiro foi o "Estádio do Comércio", que atualmente é nos fundos do Colégio Liceu Cuiabano.

Inaugurado no dia 31 de janeiro de 1952, o estádio Presidente Eurico Gaspar Dutra representou a evolução do futebol regional. Mesmo com a derrota da Seleção Brasileira na Copa do Mundo em 1950, a obra em Cuiabá seria denominada como o “Maracanã Cuiabano”. O projeto previa que o estádio teria as mesmas características do palco do futebol carioca, porém o esperado pelo presidente Dutra não foi cumprido e, de acordo com informações de bastidores, ele se recusou a inaugurá-lo. A partida oficial de inauguração foi no dia  22 de junho de 1952 com o empate sem gols de Americano e Dom Bosco.  



A doação do terreno situado à Rua Joaquim Murtinho para a construção do Dutrinha foi feita pela Prefeitura Municipal de Cuiabá, através do Prefeito Leonel Hugueney à Federação Mato-grossense de Desportos (FMD), atual Federação de Mato-grossense de Futebol (FMF), ao Dr. José Monteiro de Figueiredo, presidente da entidade, no dia 02 de fevereiro de 1950.

Em aproximadamente dois anos o estádio estava pronto para a prática do futebol, porém continuou durante anos em obras de acabamento, como por exemplo, a cobertura, que foi inaugurada apenas em 1956. Durante a reforma no ano de 1990, o Dutrinha perdeu a cobertura metálica, de seis metros de largura, que já estava deteriorada pelo tempo. Ela servia para amenizar a incidência do sol. 

Em 23 de fevereiro de 1959, com o jogo Atlético Mato-grossense 0 x 0 Uberlândia-MG, foi realizada a inauguração oficial do sistema de iluminação, através de modernos refletores para a época.

O Torneio Início de 1952 foi a primeira competição disputada no novo estádio da capital, com a presença de cinco times, Mixto, Dom Bosco, Atlético Mato-grossense, Americano e Palmeiras do Porto. De acordo com relatos, a primeira partida foi entre Americano e Dom Bosco.

Em partidas com menor apelo, alguns jogos dos times da Baixada Cuiabana serão disputados no Dutrinha.



Capacidade: 7 mil pessoas 

Torcida do Mixto no Dutrinha (Foto: Robson Boamorte)Estádio Presidente Eurico Gaspar Dutra (Foto: Robson Boamorte)



GERALDÃO



O Estádio Municipal Luiz Geraldo da Silva, conhecido como Geraldão, está localizado em Cáceres e teve como jogo inaugural a partida entre a seleção de Cáceres e Comercial de Poconé, em 1974. No disputa do título do Campeonato Mato-grossense de 2007, partida realizada no dia 27 de maio, o Cacerense sagrou-se campeão em uma vitória sobre o Grêmio de Jaciara pelo placar de 2 a 0. Este jogo foi o momento mais especial para o estádio.

O nome do estádio foi uma homenagem feita pelo prefeito de Cáceres na época, José Souto Farias, ao sargento do Exército brasileiro Luiz Geraldo da Silva. Ele treinou equipes de várias modalidades esportivas, como o vôlei, futebol, futsal, entre outras. O homenageado foi voluntário da Segunda Guerra Mundial, e faleceu nesta missão. A partida inauguram foi disputada no dia 06 de outubro de 1974 com o duelo entre Seleção de Cáceres e Comercial de Poconé. 



Capacidade: 6.500 pessoas 

Cacerense e Cuiabá empatam pelo Mato-grossense (Foto: Assessoria/Cuiabá Esporte Clube)Estádio Geraldão em Cáceres (Foto: Assessoria/Cuiabá Esporte Clube)



GIGANTE DO NORTE



Em 1988, aconteceu o primeiro jogo profissional do estádio  “Madeirão”, antigo nome do Gigante do Norte, que recebeu este nome em 1994, quando passou a ter a atual estrutura. Por ter sido uma pessoa envolvida com o esporte de Sinop, e um dos fundadores do Sinop Futebol Clube, ex-técnico do próprio time e das seleções de futsal de Sinop, que na década de 80 tiveram destaque nacional, o Massami Uriu, recebeu a homenagem póstuma com o nome oficial do estádio.

 

O Gigante do Norte já sediou cinco finais de Campeonato Mato-grossense, das quais três delas o Sinop sagrou-se campeão. A partida que registrou o maior público no estádio foi realizada no dia 27 de abril de 2000, entre o Sinop e São Paulo Futebol Clube. O jogo, válido pela terceira rodada da Copa do Brasil, marcou o reencontro do goleiro Rogério Ceni com o time que o revelou para o futebol. O clube paulista venceu por 4 a 0, para um público aproximado de 15 mil pessoas.

 

No saguão de entrada do estádio, Rogério Ceni possui uma galeria com parte do arquivo pessoal, como chuteiras, camisa da Seleção Brasileira, camisas usadas em conquistas de títulos pelo São Paulo, entre outros objetos. O intuito da galeria é possibilitar aos torcedores que por ali passam conhecerem melhor a carreira do jogador, campeão estadual pelo Sinop Futebol Clube em 1990.



Capacidade:
 13 mil pessoas

Estádio Gigante do Norte Sinop (Foto: Ednilson Aguiar/Secom-MT)Estádio Gigante do Norte em Sinop (Foto: Ednilson Aguiar/Secom-MT)









LUTHERO LOPES

 

O nome do estádio foi dado em homenagem ao segundo prefeito eleito de Rondonópolis, Luthero Lopes. Ele era engenheiro civil e gostava de incentivar o esporte, que na época era totalmente amador. Durante o seu mandato à frente da prefeitura, de 1958 a 1962, ele cedeu um terreno no centro da cidade para a construção, no sistema de mutirão, do campo de futebol.

No fim dos anos 90, o município estava em expansão econômica, e uma empresa do ramo alimentício queria o terreno onde ficava o antigo campo do Luthero Lopes. Em 1998, em um acordo firmado entre a prefeitura e a empresa ficou definido que o terreno seria cedido à iniciativa privada, em contrapartida a empresa se comprometeu a construir um novo estádio, com arquibancada, cabine de imprensa, entre outras instalações, que não existiam no antigo local de jogos em Rondonópolis.

Grandes equipes do futebol brasileiro já pisaram no gramado do estádio. Times como Internacional, Grêmio e Vasco. O primeiro gol foi marcado pro Ronaldinho Gaúcho, no dia 22 de março de 2000, na vitória do Grêmio sobre o União por 4 a 0, pela Copa do Brasil. O público recorde do Luthero Lopes é de 18.850 torcedores na final do Campeonato Mato-grossense 2004, no empate sem gols entre União e Cuiabá. 

União e Rondonópolis irão mandar seus jogos no segundo maior estádio de Mato Grosso.

 

Capacidade: 19 mil pessoas

União e Rondonópolis pelo Mato-grossense (Foto: Carlos Pedroza Júnior/Divulgação)Estádio Luthero Lopes (Foto: Carlos Pedroza Júnior/Divulgação)





NECO FALCÃO



O nome do estádio é uma homenagem a Manoel Gomes de Arruda, conhecido como Neco Falcão. Nascido em Poconé, no dia 20 de fevereiro de 1931, Neco era um farmacêutico e odontólogo, formado no Rio de Janeiro, que colaborou na fundação da Sociedade Beneficência Poconeana (Hospital Geral de Poconé).

Em sua vida pública, foi Prefeito Municipal em duas gestões: a primeira de 1967 a 1970 e a segunda de 1973 a 1977. Ligado ao esporte, uma vez que com a ajuda de outras pessoas, fundou o Comercial Esporte Clube, time histórico de Poconé na década de 60 e 70, conhecido como Zebu do Norte. Na sua primeira gestão como prefeito construiu o estádio. Neco Falcão morreu aos 80 anos, em 2011. A partida inaugural foi no dia 01 de março de 1970, na vitória do Comercial de Poconé por 5 a 2 sobre o Cacimba do Leite do Cuiabá. 



Capacidade: 5 mil pessoas 

Estádio Neco Falcão em Poconé (Foto: Franceline Russo)Estádio Neco Falcão em Poconé (Foto: Franceline Russo)

PASSO DAS EMAS



Construído em tempo recorde, o Estádio Municipal Passo das Emas, precisou de apenas 45 dias para tomar forma. A casa do Luverdense foi inaugurada em 20 de março de 2004, na derrota para o Santa Cruz-MT, no dia 20 de março de 2004.



O nome Passo das Emas foi instituído pela Lei nº 1.038 de 2004. Com o acesso do time para a Série B do Campeonato Brasileiro, em 2014, a capacidade do estádio passou de 5 mil para 10 mil lugares. O nome fez referência ao momento econômico vivido pelo município na época. As lideranças diziam que Lucas do Rio Verde crescia a passos largos e de cabeça erguida, assim como a ema, ave símbolo da cidade. 

O recorde de público foi na histórica vitória sobre o Corinthians por 1 a 0, pela Copa do Brasil, no dia 21 de agosto de 2013, quando 10.180 pessoas pagaram ingresso. 



O Luverdense Esporte Clube foi fundado em 24 de janeiro de 2004, após convite do presidente da Federação Mato-grossense de Futebol, Carlos Orione, ao prefeito Otaviano Pivetta, para que uma equipe do município disputasse o estadual profissional daquele ano. 



Capacidade: 10 mil pessoas 

Estádio Passo das Emas Lucas do Rio Verde (Foto: Juscelino Filho)Estádio Passo das Emas Lucas do Rio Verde (Foto: Juscelino Filho)

Por Olimpio Vasconcelos, estagiário, sob a supervisão de Robson Boamorte 


Data: 2015-01-30 00:00:00