Para Bauza, São Paulo precisa mais de zagueiro que de volante; veja por quê

Técnico argentino quer reforço para o miolo da defesa. Seleção brasileira, juventude e brigas contra a inatividade são percalços do quinteto de zagueiros do atual elenco

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Torcedores e pessoas que acompanham o dia a dia do São Paulo enxergam na posição de volante a maior carência do grupo para 2016. Só que um sujeito discorda. E esse sujeito manda mais do que todos os outros juntos. Edgardo Bauza quer zagueiro. Na opinião do técnico argentino, está no miolo da defesa a principal necessidade de reforço. Mas por que, se são cinco zagueiros e quatro volantes, sendo que nenhum tem na marcação sua característica principal?

No meio-campo, o treinador tem em Thiago Mendes um de seus principais jogadores, e tem aprovado os desempenhos de Wesley e João Schmidt nos treinamentos. Ambos podem substituir Hudson, ainda irregular, mas com apoio da comissão técnica para se firmar.

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Na zaga, apesar de jogadores de nome, badalados, o histórico recente aponta para uma probabilidade alta de problemas físicos e técnicos, ou então para as possíveis intervenções da seleção brasileira. É o caso de Rodrigo Caio, considerado o principal nome da posição. Ele deverá ser nome frequente nas listas da equipe que disputará as Olimpíadas em agosto.

Breno disputou apenas oito jogos desde abril de 2011. Há uma convicção de que, tecnicamente, ele pode se destacar como no início da carreira, mas não se sabe os limites de seu corpo depois de tanto tempo parado. No último sábado, por exemplo, ele sofreu uma tendinite no joelho esquerdo e teve que ser substituído no empate por 1 a 1 com o RB Brasil.

O problema físico de Breno motivou uma conversa entre Bauza, Milton Cruz, o médico José Sanchez e o próprio defensor, depois do treinamento da última segunda-feira, no CT da Barra Funda. Mesmo depois de ouvir do jogador que ele se sentia em condições, Bauza afirmou no papo que o principal era estar tranquilo e bem mentalmente. 

Lugano é outro que jogou pouco, e em campeonatos de baixo nível técnico, desde sua lesão na primeira fase da Copa do Mundo de 2014. Quando pede a contratação de um zagueiro, Bauza, entusiasta da volta do ídolo uruguaio, sabe que não poderá utilizá-lo por uma longa sequência de partidas durante a temporada. Lugano fez nesta segunda-feira o primeiro trabalho em campo com os companheiros, e ainda não há data definida para sua estreia.

Restam os jovens Lucão, que fará 20 anos no mês que vem, muito criticado pela torcida desde o ano passado, e Lyanco, que acabou de completar 19 anos e havia sido cedido para a disputa da Libertadores Sub-20, e só voltou por conta do problema físico de Breno.

Além dos cinco defensores inscritos, o São Paulo conta com dois xarás de nome Luiz Eduardo. Um deles tem contrato até o fim de fevereiro para se recuperar de lesão no joelho esquerdo. O outro, de 22 anos, fez sua última partida no dia 7 de março de 2015, pelo Rio Claro, clube que defendeu por empréstimo. Eder Militão, de 18 anos e que participou da pré-temporada, sequer estreou como profissional.

A soma de inexperiência, Seleção, lesões e inatividade tem resultado óbvio para Bauza: a necessidade de mais um zagueiro no grupo. 

A delegação são-paulina viaja na manhã desta terça-feira, em voo fretado, para Trujillo, palco da estreia de quarta-feira contra o Cesar Vallejo, do Peru, na primeira fase da Libertadores. Muito provavelmente, com Rodrigo Caio e Breno na zaga. A partida está marcada para às 21h45, e terá transmissão da TV Globo. O GloboEsporte.com vai acompanhar em Tempo Real.

 

Data: 2016-02-02 00:00:00