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ESPECIAL SÉRIE D: Botafogo se torna 'bicho papão' e Remo termina epopeia

Criada em 2009, a última divisão tupiniquim viu grandes forças do futebol brasileiro se chocarem em campo



ESSA NOTÍCIA É UM OFERECIMENTO:


Não é à toa que Série D do Campeonato Brasileiro de 2015 ficou conhecida como uma das mais disputadas dos últimos anos. Criada em 2009, a última divisão tupiniquim viu grandes forças do futebol brasileiro se chocarem em campo, até que Remo-PA, River-PI e Ypiranga-RS finalmente conquistaram o acesso ao lado do Botafogo-SP, que ainda levantou a taça de grande campeão.

Ainda assim, muito além dos quatro semifinalistas, clubes como Gama-DF, Rio Branco-ES, Operário-PR, Campinense-PB, Imperatriz-MA, Santos-AP, Remo-PA, Rio Branco-AC, River-PI, Nacional-AM e Náutico-RR também estiveram na competição nacional – todos foram campeões dos seus estaduais. Além deles, Caldense-MG, Central-PE, Crac-GO, Red Bull-SP, Inter de Lages-SC e São Caetano também esquentaram a disputa.

Em campo, a fórmula de disputa já não era mais novidade. Com 40 clubes classificados, a Confederação Brasileiro de Futebol (CBF) os dividiu regionalmente em oito grupos, com cinco participantes em cada. Dentro de suas chaves, os elencos se enfrentaram em turno e returno, totalizando 10 rodadas. Daí em diante, se classificaram 16 times, que passaram a atuar como mata-mata, valendo o gol classificatório fora de casa.

ADEUS MUITO CEDO!

Considerado uma das principais forças do interior de São Paulo, o Red Bull se despediu da Série D ainda na primeira fase, quando caiu perante ao Operário-PR na oitava rodada do Grupo A7, com uma derrota por 2 a 1 dentro do estádio Moisés Lucarelli. Recém promovido a primeira divisão paulista, o clube campineiro conseguiu a tão sonhada vaga na competição ainda no seu ano de estréia.

Mesmo assim, não conseguiu convencer com o futebol que o técnico Maurício Barbieri mandou a campo e viu as recorrentes más apresentações afundarem o time. Além disso, não contou com o apoio da torcida local, mesmo com as recorrentes promoções e atrativos para o torcedor, como uma espécie de Fun Fest – assim como ocorreu na Copa do Mundo – em volta do estádio Moisés Lucarelli.

A DERROCADA FINAL

Depois de terminar o Campeonato Paulista da Série A2, no primeiro semestre, sem o tão sonhado acesso à elite, o São Caetano viveu uma nova desilusão na Série D do Campeonato Brasileiro. Como vinha de rebaixamento em 2014, o clube precisava da vaga na Série C para se manter com calendário cheio e principalmente com as cotas da competição.

Com a melhor campanha da primeira fase, o Azulão garantiu o mando de campo em todos os jogos de mata-mata nas próximas fases, mas não esperava encontrar o Botafogo do técnico Marcelo Veiga pelo caminho. Após perder em Ribeirão Preto por 2 a 1, o clube não conseguiu sair do 0 a 0 dentro do estádio Anacleto Campanella e deu adeus ainda nas quartas de final.

OS ACESSOS

Como de praxe, apenas quatro clubes conquistaram uma vaga na Série C do Campeonato Brasileiro de 2016. Entrando desacreditado na competição, o River de Teresina contou com o trabalho do técnico Flávio Araújo para escrever seu nome na história do futebol piauiense. Conhecido como ‘Rei do Acesso’, ele usou a força do estádio Alberto Silva para colocar o clube na final.

Do outro lado do país, o Ypiranga de Erechim seguiu os paços do Brasil de Pelotas na última temporada e também conquistou mais um acesso para o futebol gaúcho. Com jogadores mais experientes no elenco, o grupo caminhou silenciosamente entre os gigantes do futebol nacional e acabou eliminando a Caldense nas quartas de final cobrando pênaltis.

Mas, a grande epopéia da competição foi o Clube do Remo. Há sete anos na última divisão do futebol nacional, o Leão era conhecido por sempre cair nas fases decisivas, principalmente com atuações apagadas dentro de casa. Mas nada disso se repetiu em 2015. Também nas quartas, o elenco de Cacaio recebeu o Operário-PR no estádio Mangueirão e deu show com o meia Eduardo Ramos, diante do recorde de publico na competição.

 

BOTAFOGO

Classificado na primeira fase com uma das piores campanhas da competição, o Botafogo dava sinais de que iria sucumbir ainda nas primeiras fases. Mas em campo a realidade foi outra. O elenco passou a jogar compactado, principalmente fora de casa, e, além da taça, ainda garantiu uma das melhores defesas de todo o campeonato.

O título deu ao elenco de Marcelo Veiga a alcunha de “bicho papão” da Série D. Isso porque, nas oitavas de final, o Botafogo eliminou o Crac-GO, clube com a segunda melhor campanha entre os classificados. Depois, nas quartas, quando valia o tão sonhado acesso à Série C, foi a vez do São Caetano, melhor campanha da competição. Na semi, foi o líder Remo, e na final do River, quem caiu para os paulistas.

 


Data: 2015-12-24 00:00:00