Cuiabá , MT - -
Técnico. que atualmente trabalha com 35 jogadoras na seleção permanente, diz que todas estão trabalhando forte para garantir um lugar entre as convocadas
Em alguns meses, Vadão terá uma missão: escolher as 18 jogadoras que irão compor o grupo para a disputa das Olimpíadas. Atualmente, são 35 atletas que estão ou já passaram pela seleção permanente. O técnico acredita que a "dor de cabeça" será grande, pois todas se empenham ao máximo por um lugar na delegação. O treinador lembra que até o último momento pode haver trocas. Antes do Mundial do Canadá, em junho, por exemplo, Érika e Bruna Benites acabaram cortadas por lesão.
- Vou ser bem criterioso. Pelo que as meninas têm falado, todas elas querem ir para a Olimpíada. Há atletas que quando veem muita dificuldade, muitas atletas brigando, vão meio que desanimando. E isso acaba "facilitando" nosso trabalho por exclusão. Não é o caso aqui. Eu vou ter muita dor de cabeça para escolher porque todas elas estão com muita vontade. Nós não tivemos aqui a Érika e a Cristiane porque o Paris Saint-Germain não liberou. A (Bruna) Benites, que era capitã do time, não foi nem para o Mundial por contusão. Outras meninas que estão fora e não participaram aqui no torneio nós temos 35 atletas selecionadas que fazem parte dessa lista larga. Então vai ser muito difícil de 35 tirar 18. Mas vai depender muito também delas porque daqui até a Olimpíada é muito tempo. No Mundial, a gente teve as lesões da Érika e da Benites em cima da hora. As atletas têm que se conscientizar que elas precisam estar bem porque ninguém sabe o que vai acontecer até lá. Se todo mundo estiver bem, a dor de cabeça será só minha. Aí terei que ter um critério de interpretação muito bom juntamente com a comissão que me ajuda muito para a gente levar 18 e suprir todas as nossas necessidades nas Olimpíadas - disse Vadão.
O comandante da seleção brasileira lembra que as polivalentes levam vantagem, apesar dele buscar sempre que todas possam desempenhar mais de uma função. Ele citou até mesmo o caso de Marta. Ela já passou pelo meio, pelos lados e agora está fixada pelo treinador no ataque.
- Têm vantagem embora a maioria aqui já tenha jogado em diversas posições. A gente roda muito também no esquema. Quando a gente precisa de uma função diferente, a gente treina, ensina. A Raquel, por exemplo. É um meia-atacante que joga de atacante mas também atua pelas beiradas. Nesse um ano e meio que estamos aqui, sempre procuramos variar. Contra Trinidad e Tobago, a (Gabi) Zanotti, que é uma jogadora mais de área, jogou pelo lado esquerdo. Há algumas atletas que é delas mesmo. É o caso da Andressa Alves, que joga com facilidade em vários setores. A Marta, que vinha jogando no meio, hoje atua no ataque e pelos lados também. O critério vai ser minucioso e difícil.
As diversas possibilidades de posicionamento do seu grupo salienta uma questão. As mulheres aceitam mais serem improvisadas em campo em relação aos homens? Vadão acredita que elas são mais dedicadas e disciplinadas.
- As mulheres são mais dedicadas. Então quando você fala que vai experimentar, elas vão com o maior prazer. O homem às vezes tem uma resistência. Quem acompanha desde o início da minha carreira sabe que eu gosto de jogador polivalente. Quando eu comecei com o carrossel caipira jogava todo mundo em alta rotatividade. É uma filosofia minha. E quando as atletas vêm eu sempre digo que nós vamos utlizar onde for melhor em cada jogo. É preciso aprender a atacar, defender. Nós temos que saber atacar e defender. Isso é primordial. Mas as mulheres têm uma atenção maior a isso. Elas são mais disciplinadas quando você troca elas de posição - afirmou.
Vadão tem mais uma possibilidade de teste no domingo. O Brasil entra em campo pela segunda rodada do do Torneio Internacional de Natal, às 17h (de Brasília), na Arena das Dunas. O adversário será o México, que perdeu na estreia para o Canadá por 3 a 0.
Jogadoras durante o treino em Natal (Foto: Cíntia Barlem)Olho No Esporte MT - Todos os direitos reservados | Site Desenvolvido e Hospedado por.