Logo


Cuiabá , MT - -

Para aderir ao Profut, clubes de MT depende de um novo prazo

Em Mato Grosso, assim como em várias outras regiões do país, nenhuma agremiação conseguiu ainda cumprir as exigências para tal.



ESSA NOTÍCIA É UM OFERECIMENTO:


O prazo para a adequação dos clubes de futebol profissional do Brasil às exigências Programa de Modernização de Gestão de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut), que expira nesta segunda-feira, pode ser estendido. Foi o que afirmou o ministro dos Esportes, George Hilton, no final de semana. Em Mato Grosso, assim como em várias outras regiões do país, nenhuma agremiação conseguiu ainda cumprir as exigências para tal.

De acordo com Hilton, até o momento, mais de 46 clubes aderiram ao refinanciamento. Sem falar em uma nova data limite, o ministro reconhece que os clubes menores têm mais dificuldades para cumprir todas as exigências, apesar das dívidas serem mínimas, em comparação aos grandes devedores.
– Nós estamos estudando a possibilidade da extensão desse prazo, uma vez que os clubes têm até o final do mês. A demanda maior é das equipes pequenas, que tem problemas com profissionais técnicos para preparar a documentação. Mas, devido a essa adesão de modo geral, com clubes maiores e menores, é possível que a gente consiga fazer isso – declarou o George Hilton.
As dívidas dos 100 maiores clubes brasileiros somam um montante de mais de 2 bilhões de reais (2.327.270.796,95). Entre os maiores devedores, já aderiram ao Profut: Flamengo R$ 350 milhões, Corinthians R$ 240 milhões, Atlético-MG R$ 235 milhões, Fluminense R$ 215 milhões e Vasco R$ 200 milhões.

Criada neste ano, a proposta visa abatimento de dívidas das agremiações junto ao governo Federal. Aprovado pelo Congresso Nacional e sancionada pela presidente da República o programa tem como meta principal a modernização na gestão dos clubes

brasileiros. Em Mato Grosso, a Federação vem acompanhando de perto o trabalho dos

presidentes dos times para reunir toda documentação exigida para obter a certidão negativa, que dará direito à adesão ao Profut, que, entre outras propostas, permitirá aos clubes contraírem financiamentos junto às instituições financeiras ligadas ao Governo Federal.

Responsável por orientar e sanar as dúvidas dos clubes mato-grossenses a respeito do programa, a diretora administrativa e financeira da FMF, Cícera Lúcia dos Santos, não hesita em afirmar que nenhum clube até agora não atende às exigências do Profut. Segundo ela, a maior dificuldade encontrada pelos dirigentes é reunir toda a documentação da vida contábil dos clubes. Por exemplo, entre a documentação exigida

pela legislação esportiva está o balanço financeiro dos últimos cinco anos.

“Se o prazo final encerrasse hoje (última sexta-feira), nenhum time de Mato Grosso

tinha condição de disputar qualquer competição ligada à CBF”, disse, lembrando que a

punição em caso de não cumprimento da legislação é uma suspensão de dois anos sem disputar qualquer competição oficial em território brasileiro, além do rebaixamento automático à divisão inferior.

Segundo Lúcia, o União de Rondonópolis, sob presidência de Carlos Rufino, é quem mais está trabalhando no sentido de regularizar a situação do clube junto ao governo Federal. “O União é quem mais está interessado em se adequar ao programa. Nos procura diariamente para tirar dúvida, está demonstrando preocupação”, frisa.

Rufino revelou a dificuldade para atender todas às exigências feitas pelo Profut. Contudo, o dirigente não se dá por vencido. “Estamos correndo atrás para regularizar a vida financeira do União. Sou o maior interessado em atender esta legislação. Devemos cerca de quase R$ 2 milhões ao governo Federal. Com o abatimento oferecido, a atual dívida deve cair para uns R$ 700 mil. É uma ótima proposta e não vou medir esforços para regularizar o clube”, assinalou.

*Com Luiz Esmael, do jornal A Gazeta, e o site Futebol Norte


Data: 2015-12-01 00:00:00