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Copa do Brasil: São Paulo desafia favoritismo do Santos e jejum em mata-mata contra o rival

Michel Bastos é a principal novidade para o clássico



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São Paulo e Santos começam a decidir uma vaga à final da Copa do Brasil depois de percorrerem trajetórias inversas em 2015. Enquanto o São Paulo largou bem, mas foi soterrado por uma crise política e financeira que prejudicou o time, o Santos fez o contrário. De um início caótico, no qual perdeu quatro jogadores por atraso de salários, o clube se reergueu e se tornou a surpresa da temporada.

O São Paulo entra pressionado também por causa de um longo jejum. Nos últimos 15 anos, o time do Morumbi não consegue superar o rival em jogos no formato mata-mata. Já foram seis confrontos, quatro deles válidos por semifinais.

"Esse tabu vem de muitos anos. Não estávamos aqui. Tabu é para ser quebrado. Dessa vez, não vai passar", disse nesta terça-feira o meia Michel Bastos.

O jogador é a principal novidade para o clássico. Fora do time por quatro jogos, recuperou-se de um estiramento muscular na coxa esquerda e defendeu nesta terça a importância de construir uma vitória sem sofrer gols no primeiro jogo - a volta será na Vila Belmiro, na semana que vem.

"Lá será complicado. Por isso, não podemos deixar escapar a oportunidade de abrir alguma vantagem na ida", disse o jogador.

O técnico Doriva, em sua terceira partida depois de ser escolhido para substituir Juan Carlos Osorio, herdou a pressão pelo fracasso no Paulista e as dificuldades no Campeonato Brasileiro - o time parece ter perdido o fôlego na disputa pelo G4.

O jejum de duas partidas obriga o clube a acreditar na imprevisibilidade do mata-mata para tirar forças e negar o favoritismo do adversário. Apesar de valer vaga na final, a torcida do São Paulo não se empolgou e somente 14 mil ingressos haviam sido vendidos até a parcial divulgada nesta terça.

Mesmo que o ponto forte de sua campanha seja a Vila Belmiro - a equipe soma 11 vitórias seguidas no Campeonato Brasileiro -, o Santos descarta uma postura defensiva na partida do Morumbi. O principal objetivo é fazer um gol na casa do adversário, o primeiro critério de desempate. "A gente não vai só se defender. Fazer um gol fora de casa é importante na Copa do Brasil", disse o volante Renato.

Depois de um período com inúmeros jogadores lesionados, o time está praticamente completo. O único desfalque é o lateral Victor Ferraz, que deverá ser substituído por Daniel Guedes. Na zaga, Gustavo Henrique volta após dois jogos.

O principal trunfo é um azeitado sistema ofensivo. Comandado pelo goleador Ricardo Oliveira, artilheiro do Campeonato Brasileiro, o time tem a criatividade de Lucas Lima e a velocidade de Gabriel. "Podemos dar um grande ano para o Santos", diz o atacante.

 


Data: 2015-10-21 00:00:00