O Tribunal Provincial de Barcelona convocou todas as partes envolvidas no julgamento de Daniel Alves para comparecerem à corte nesta quinta-feira (22). A audiência está agendada para as 10h da manhã, horário local (6h da manhã no horário de Brasília), conforme confirmado pela corte.

Anteriormente, a divulgação do veredicto estava programada para 7 de março, mas a convocação sugere a possibilidade de que a sentença seja lida nesta quinta-feira. A informação é do jornal espanhol La Vanguardia.

Daniel Alves, acusado de estupro de uma jovem em uma boate, foi informado sobre sua liberação do presídio Brians 2 nessa data. Outras pessoas convocadas incluem a promotora Elizabeth Jiménez, a advogada da vítima, Ester García, e a advogada do lateral, Inés Guardiola. O veredicto será proferido por um colegiado composto por três juízes.

O julgamento do lateral-direito, acusado de agressão sexual em dezembro de 2022, encerrou-se em 7 de fevereiro após três dias. Durante o processo, foram ouvidas testemunhas, a vítima, peritos e o próprio jogador, que chorou em seu depoimento, alegando uso excessivo de álcool e negando a acusação de estupro.

Daniel Alves permaneceu em prisão preventiva desde janeiro de 2023, aguardando o resultado do julgamento.

Os juízes responsáveis pelo caso são Isabel Delgado Pérez, Luis Belestá Segura e Pablo Díez Noval. O processo ainda possui duas instâncias, permitindo a possibilidade de recurso por parte da parte derrotada.

Desdobramentos Possíveis:

Absolvição: Se Daniel Alves for inocentado, será libertado imediatamente e poderá deixar a Espanha, sem pendências judiciais, recuperando seu passaporte e retomando uma vida normal.

Condenação: Caso seja condenado, Alves pode enfrentar uma pena entre 4 e 12 anos de prisão. O tempo em que permaneceu detido desde janeiro de 2023 será considerado no cumprimento da sentença. O jogador já depositou 150 mil euros, que podem reduzir a pena pela metade, sendo considerado um atenuante de reparação do dano causado.

Em caso de condenação, Alves ainda pode recorrer ao Superior Tribunal de Justiça da Catalunha e, se confirmada a condenação, à última instância, o Tribunal Supremo em Madrid. A pena deverá ser cumprida na Espanha, a menos que o brasileiro solicite e seja concedida a permissão para cumprir a sentença em seu país, mediante petição à justiça.