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Dorival quer mudança de atitude e afirma a importância de vestir a camisa da Seleção

Desde a sua primeira resposta, ressaltou que "o atleta precisa compreender que está vestindo uma camisa muito pesada"



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Dorival Júnior enfatizou, durante boa parte da sua entrevista inaugural como treinador da seleção brasileira, a necessidade de uma "mudança de postura". Desde a sua primeira resposta, ressaltou que "o atleta precisa compreender que está vestindo uma camisa muito pesada". Durante a coletiva na sede da CBF, no Rio de Janeiro, ele também insistiu que "cada indivíduo assuma um pouco mais de suas responsabilidades".

Para o treinador, o momento adverso da seleção não é exclusivamente resultado da falta de bom desempenho em campo. Pelo contrário, ele aprovou a renovação iniciada por Fernando Diniz e elogiou o trabalho prolongado de Tite à frente da equipe nacional. "O Tite realizou um dos trabalhos mais notáveis dos últimos anos em relação a uma seleção. Infelizmente, os resultados não se concretizaram nas duas últimas Copas", afirmou Dorival Júnior.

Segundo a avaliação do treinador, a seleção precisa de uma mudança "emocional e postural". Ele almeja mais protagonismo de todos os envolvidos com a equipe nacional. "De modo geral, e isso se repete em clubes e seleção, acaba estourando nos treinadores, nas comissões. O atleta não tem noção do que ele representa, do quanto ele pode, das qualidades que ele possui, do diferencial que ele pode ter ao vestir uma camisa como a nossa", argumentou o treinador.

"Eu peço que cada um assuma um pouco mais as suas responsabilidades. Ao dividir, naturalmente, torna-se menos pesado, pois você assume uma condição. Ao vestir esta camisa, você inevitavelmente vai contribuir para essa recuperação", acrescentou Dorival Júnior.

"Não é a seleção brasileira de um treinador específico, é a seleção do povo, é a nossa seleção. Nós precisamos sentir mais, viver mais, ajudar mais. Em momentos assim, questionamos: 'o que posso fazer?'. Nos momentos de vitória, as coisas fluem naturalmente, mas em momentos assim, também preciso me sentir parte de algo maior. Estou participando dessa recuperação, serei responsável por uma conquista, ajudarei", afirmou Dorival. "Todos nós precisamos de mais, de algo a mais."

O treinador indicou que não poupará clubes na Copa América. A primeira convocação de Dorival Júnior ocorrerá em março, para dois amistosos na Europa, enfrentando Espanha e Inglaterra. A segunda convocação será para a Copa América nos Estados Unidos, em junho e julho. A competição coincidirá com o Campeonato Brasileiro, e os clubes com atletas convocados poderão sofrer desfalques por até 10 rodadas. Dorival Júnior, ao ser questionado sobre o tema, sinalizou que não deixará de convocar jogadores que considere cruciais para a seleção, destacando a importância de equilibrar as necessidades do atleta e do clube. Ele relembrou sua experiência em 2016, quando dirigia o Santos e perdeu 6 jogadores por um longo período devido às convocações para a seleção olímpica e a Copa América daquele ano. "Eu sei o quanto é pesada a saída desses jogadores, mas também sei o quanto são importantes para a seleção. É necessário equilibrar entre a necessidade e a vontade do atleta e do seu clube. Não é fácil, já vivi o outro lado, e agora vou ter que pensar nessa perspectiva e me colocar na posição de treinador do lado oposto", afirmou Dorival Júnior.


Data: 2024-01-12 00:00:00