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Cuiabá , MT - -

Surge mais um candidato à presidência da FMF



ESSA NOTÍCIA É UM OFERECIMENTO:


Funcionário da Federação Mato-grossense de Futebol há 32 anos, o atual presidente interino, João Carlos Oliveira Santos, considera-se uma pessoa perfeitamente capacitada para assumir o cargo na entidade e que há mais de 4 décadas vem sendo exercido pelo procurador aposentado  do Estado Carlos Orione.  Aliás, o titular do cargo vem se licenciando sistematicamente de seis em seis meses, conforme determina o estatuto da instituição, em virtude do seu estado de saúde.

O mandato de Orione vai até 2017 e além de João Carlos, a FMF já tem outro pretendente em potencial ao cargo: Helmute Lawisch, o penúltimo presidente interino, que em poucos meses de gestão deu uma sacudida e tanto no futebol mato-grossense. Presidente a muitos anos do Luverdense, Lawisch já conta com o apoio de diversos clubes profissionais, principalmente do interior, de acordo com informações de bastidores.

Embora já de olho na eleição, João Carlos já está trabalhando em busca de parceiros para garantir a sobrevivência dos clubes no ano que vem – inclusive os da segunda divisão – com a entidade custeando suas despesas com viagens, hospedagens, alimentação e até pagamento dos árbitros. Foi uma inovação lançada por Lawisch que deu certo no campeonato deste ano e que será repetida em 2016.

Outra tacada de João Carlos para aliviar as despesas dos clubes profissionais de Mato Grosso é trazer mais grandes clássicos do futebol brasileiro para a Arena Pantanal, reforçando o “caixa” da FMF, com o percentual que cabe a entidade sobre a renda. Como é uma empresa que promove os espetáculos, a entidade federacionista só entra nos lucros, que são revertidos em benefício dos clubes, sem correr qualquer risco...   

Olho no Esporte – O senhor tem algum projeto especial para executar nesse seu período de interinidade de quase seis meses na presidência da Federação Mato-grossense de Futebol?

João Carlos – Tenho. E inclusive estamos tentando arrumar patrocinadores para nos ajudar na Segunda Divisão. Estamos também procurando parceiros para o campeonato de 2016, porque a cada dia o futebol está ficando mais difícil. Mas  apesar disso, o nosso futebol só tende a crescer.

Olho no Esporte – A FMF vai dar continuidade às medidas implantadas pelo também presidente interino Helmute Lawisch para aumentar a arrecadação da entidade, através de parceiros e de bilheterias, para ajudar os clubes nas viagens, hospedagem e alimentação -- como foi feito este ano -- no Campeonato Estadual de 2016?

João Carlos – Claro. Eu ajudei o Helmute nos dez meses em que ficou aqui e agora ele também está me ajudando. Inclusive estou com o Diogo (assessor de imprensa da FMF), mandando propostas para várias agências de publicidade, porque queremos dobrar o patrocínio de 2015, justamente para subsidiar, o transporte, a alimentação e a estada dos clubes, além de pagar a arbitragem, como foi feito este ano, para não sacrificar os clubes.

Olho no Esporte – A separação do Campeonato da 1ª Divisão de 2016 em duas chaves, com uma reunindo os clubes do Norte e a outra os do Sul, conforme já foi aprovado pelo Conselho Arbitral da FMF, vai contribuir para melhoria do futebol mato-grossense, com as equipes investindo em seus plantéis o dinheiro que seria gasto com longas viagens, pernoites e alimentação?

João Carlos – Justamente, pois quanto mais nos economizarmos vai sobrar mais dinheiro para os clubes investirem em seus plantéis para melhoria do futebol mato-grossense. O objetivo da divisão do campeonato em duas chaves foi justamente esse: economizar dinheiro para proporcionar aos clubes uma folga financeira para investimento no futebol profissional.

Olho no Esporte  – Está nos planos da sua diretoria empenhar-se junto a Confederação Brasileira de Futebol para a entidade  programar mais jogos do Campeonato Brasileiro da Série A para a Arena Pantanal?

João Carlos – É o que nós já estamos fazendo. Ainda ontem (quarta-feira) tive uma reunião com o promotor Ezequiel Borges dos Santos, do Estatuto do Torcedor, para comunicá-lo que estamos trazendo Santos x São Paulo para a Arena Pantanal. Agora, o Ministério Público do Estado tem que nos ajudar. Só cobrar não tem jeito. O MPE tem que nos ajudar, colaborar conosco. Agora mesmo, o MPE quer que coloquemos no estádio pessoas para impedir que os  torcedores subam nas cadeiras das arquibancadas. É uma tarefa humanamente impossível. Essa  é uma questão de educação do povo e nada podemos fazer.

Olho no Esporte – Decorrido pouco mais de um ano de sua inauguração, com a Copa do Mundo do ano passado, a Arena Pantanal já pode ser considerada como a redenção do futebol de Mato Grosso?

João Carlos – Pode sim. Nós temos o Cuiabá que foi campeão da Copa Verde. O próprio Cuiabá está com vaga garantida na Copa Sul-americana. Vários grandes clubes e federações já jogaram – Flamengo, Cruzeiro, Coríntians Paulista, Vasco da Gama, Palmeiras, Santos, São Paulo, Ponte Preta, Internacional – e querem jogar na Arena Pantanal. É como eu falei: o Governo do Estado  está nos ajudando. Mas é preciso que outros órgãos nos ajudem também: a Polícia Militar, os Procons, etc. É preciso um trabalho em conjunto. Agora, ficar trabalhando contra o nosso futebol só atrapalha. A Arena Pantanal está aí e o povo quer ver futebol.

Olho no Esporte --  A inclusão de três clubes de Mato Grosso – Cuiabá, Luverdense e Operário Várzea-grandense em competições nacionais  -- é uma demonstração de que o futebol  mato-grossense está voltando a ter prestígio no cenário nacional, como acontecia nas décadas de 70 e 80?

João Carlos – Não resta dúvida. Está aí o próprio Rondonópolis Esporte Clube que revelou Valdívia, hoje no Internacional, de Porto Alegre. O Mato Grosso também deve estar recebendo um bom dinheiro pela transferência do Natanael, que foi vendido para o futebol da Bélgica. Na verdade, o futebol de Mato Grosso sempre esteve em alta. E os três clubes que estão participando das Séries B (Luverdense), C (Cuiabá) e D (Operário Várzea-grandense) estão representando bem Mato Grosso. Só está faltando estrutura financeira. O Cuiabá e o Luverdense estão bem estruturados em todos os sentidos, inclusive financeiramente. Só está faltando os várzea-grandense se unirem em torno do Operário para apoiar seu representante no futebol. Não estão fazendo isso...

Olho no Esporte – Dirigentes de clubes reclamam que a FMF não tem acompanhado a evolução do futebol estadual, pois continua instalada em um imóvel que não atende suas necessidades. A FMF tem algum projeto para construir uma sede mais moderna e funcional?

João Carlos – Estamos conversando com o presidente da Câmara de Vereadores de Cuiabá, o Júlio Pinheiro. Ele é um parceiro e tanto. Por isso, estamos convidando o Júlio Pinheiro para fazer parte da nossa diretoria para nos ajudar. Não adianta a Federação ter uma sede bonita se os clubes estiverem em dificuldades financeiras. É assim com o Mixto, com o Dom Bosco, com o Operário. Em primeiro lugar vem os nossos clubes, para depois pensarmos em uma sede bonita. Eu prefiro, em vez de uma sede bonita, repassar o dinheiro para os clubes adquirir grandes jogadores para dar conta do recado.

Olho no Esporte --  Com uma militância de 32 anos na FMF, desde os tempos do mandato de João Torres, que assumiu o cargo em 1983, o senhor se julga um candidato natural a presidência da entidade em 2017?

João Carlos – Olhe, eu tenho conversado muito com o doutor Carlos Orione. Eu me considero, sim, uma pessoa realmente preparada para ocupar o cargo. Eu ajudei o João Torres, bem como todos os presidentes que têm passado pela federação. Conheço profundamente o funcionamento da casa. Só que numa interinidade você não pode tomar certas medidas que devem ser tomadas. Mas se esperei trinta e dois anos, não me custa nada esperar mais seis meses, não é mesmo?...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  


Data: 2015-08-09 00:00:00