Antes mesmo do início da partida, a possibilidade de uma disputa de pênaltis já se delineava no Allianz Parque. O duelo entre Palmeiras e Boca Juniors foi marcado por equilíbrio nos dois jogos da semifinal. Nesta quinta-feira, o empate em 1 a 1 no tempo regulamentar se manteve. Nas penalidades, o destaque foi para o goleiro que soube defender os pênaltis. Neste caso, Romero fez a diferença e conduziu o Boca à final da Libertadores, onde enfrentará o Fluminense em 4 de novembro, no Maracanã. Para o Palmeiras, resta focar no Campeonato Brasileiro.

O técnico Abel Ferreira optou por começar o jogo contra o Boca Juniors com os mesmos 11 jogadores que empataram sem gols na Bombonera. A principal diferença tática foi a atuação de Mayke de forma mais aberta na ponta direita. Nos minutos iniciais, o Palmeiras dominou a posse de bola e pressionou os argentinos. Apesar do apoio da torcida alviverde nas arquibancadas, o jogo começou morno, de acordo com a estratégia do Boca, que buscava retardar os reinícios de jogo, provocando a famosa "cera".

O Palmeiras enfrentou dificuldades na movimentação ofensiva, mesmo demonstrando mais intensidade do que na partida anterior. O Boca veio ao Allianz Parque com a intenção de se defender e aguardar uma oportunidade. Foi assim que, aos 22 minutos, o time argentino abriu o placar. A defesa do Palmeiras falhou na marcação, e Merentiel avançou pela ponta para encontrar Cavani na pequena área. O uruguaio apenas esticou a perna para marcar o primeiro gol.

Os torcedores do Palmeiras e a equipe de Abel sentiram o impacto do gol, enquanto o Boca percebeu que o lado direito da defesa palmeirense era o ponto fraco e começou a criar suas jogadas por ali. Gradualmente, a equipe da casa se recuperou no jogo e começou a criar oportunidades. Gabriel Menino arriscou chutes de longa distância, Rony tentou uma bicicleta e, em seguida, uma cabeçada. Sem sucesso.

O primeiro tempo do Palmeiras foi sonolento, e o Boca foi eficiente. No entanto, o Palmeiras não conseguiu invadir a área adversária, apesar de cercá-la, deixando o goleiro adversário pouco exigido.

No segundo tempo, Abel finalmente fez as substituições que deveriam ter sido feitas antes. Os jovens Endrick e Kevin entraram nos lugares de Artur e Marcos Rocha. As mudanças tornaram o Palmeiras mais perigoso. A ousadia dos jovens reacendeu a torcida e preocupou o Boca. Almirón substituiu Merentiel e colocou um zagueiro adicional, Valdez.

Mayke e Zé Rafael criaram as primeiras oportunidades claras para o Palmeiras no segundo tempo, graças à determinação de Endrick. A arbitragem foi alvo de vaias devido à falta de marcações de faltas a favor do Palmeiras e ao prolongamento do tempo perdido por parte dos jogadores do Boca. Apesar disso, aos 22 minutos, o zagueiro Rojo foi expulso após receber o segundo cartão amarelo, favorecendo o Palmeiras.

Com o apoio da torcida e um jogador a mais em campo, o Palmeiras buscou o empate. Romero fez defesas importantes, mas o gol foi amadurecendo até que Piquerez acertou um chute incrível de fora da área e empatou para o Palmeiras aos 28 minutos.

Com o empate, Abel lançou o time ainda mais ao ataque, com cinco atacantes: Rony, Endrick, López, Luís Guilherme e Kevin. A única alternativa para o Boca foi atrasar o jogo e buscar os pênaltis. A tensão aumentou no jogo, com entradas mais ríspidas e discussões em campo. Nos acréscimos, Rony conseguiu uma bicicleta perfeita, mas Romero fez uma defesa impressionante. Cavani também teve uma chance, mas chutou fraco, facilitando a defesa de Weverton. A decisão foi para as penalidades.

Weverton defendeu a cobrança de Cavani, mas Veiga e Gómez pararam em Romero, permitindo ao Boca ficar com a vaga na final da Libertadores.

O próximo desafio do Palmeiras está agendado para o domingo. Às 16h, na Arena Barueri, a equipe de Abel Ferreira enfrentará o Santos. Após duas derrotas consecutivas para adversários diretos na parte de cima da tabela, o Palmeiras precisa da vitória para manter suas chances de conquistar o título do Campeonato Brasileiro.