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Cuiabá , MT - -

Palmeiras deve jogar na Arena Barueri no clássico com o Santos, sem o Allianz Parque

Estádio do Verdão receberá show dois dias depois da partida contra o Peixe, no dia 8 de outubro



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O Palmeiras foi informado pela WTorre, administradora do Allianz Parque, que o estádio não estará disponível para o clássico contra o Santos, marcado para o dia 8 de outubro, às 16h, pela 26ª rodada do Brasileirão. A indisponibilidade ocorre devido a um show agendado para os dias 10 e 11 de outubro, realizado pelo cantor canadense The Weeknd. A produção do evento solicitou um prazo maior para a montagem do palco, o que obrigará o Palmeiras a buscar outro local para sediar a partida. Essa informação foi confirmada pelo Estadão junto à Real Arenas, a divisão da WTorre que gerencia a arena do Palmeiras.

De acordo com apurações, a Arena Barueri surge como o palco provável para o clássico. O Palmeiras, ciente de que terá que mandar alguns de seus jogos em outros lugares devido ao calendário de shows, vem cuidando do gramado da Arena Barueri nas últimas semanas, já que lá foi disputada a primeira partida das finais do Campeonato Paulista deste ano contra o Água Santa.

Embora o Morumbi seja uma alternativa possível, é improvável que o Palmeiras retorne a esse estádio. Abel Ferreira, treinador do time, elogiou o gramado do estádio do São Paulo em mais de uma ocasião e manifestou a vontade de sua equipe jogar lá, o que aconteceu diante do Cerro Porteño, pela Copa Libertadores, e em um clássico contra o Santos pelo Campeonato Paulista. No entanto, o acordo entre as diretorias do Palmeiras e do São Paulo que permitia o uso mútuo dos estádios não está mais em vigor.

Esse acordo tinha sido feito de forma pontual no início do ano, facilitado pela relação amigável entre Leila Pereira e Julio Casares, presidentes do Palmeiras e do São Paulo, respectivamente. Essa parceria pôs fim a um período de desentendimentos e atritos entre os clubes, especialmente durante as gestões de Carlos Miguel Aidar no São Paulo e Paulo Nobre no Palmeiras. Vale destacar que o Pacaembu, tradicional estádio paulistano, está em processo de reforma e só deverá ser reinaugurado em janeiro de 2024.

Além do clássico com o Santos, o Palmeiras enfrentará outros desafios sem poder contar com o Allianz Parque. Os jogos contra Athletico-PR, Internacional e América-MG, todos pelo Brasileirão, também não poderão ser realizados na arena palmeirense. Até o momento, o Palmeiras arrecadou R$ 77 milhões (valor bruto) com a venda de ingressos em 28 partidas neste ano, incluindo as disputadas no Morumbi quando o Allianz Parque não estava disponível. Com nove jogos restantes em casa em 2023, o objetivo é alcançar uma renda bruta de R$ 100 milhões, um marco histórico para o clube.

Entretanto, como já relatado pelo Estadão na semana passada, os eventos agendados na arena palmeirense resultarão em partidas longe de sua casa e, consequentemente, em uma redução na arrecadação com bilheteria, uma vez que os preços dos ingressos em outros estádios e locais são geralmente mais baixos. Assim, atingir a marca dos R$ 100 milhões e superar os R$ 99,5 milhões obtidos em 2015, que ainda representam o recorde, torna-se mais desafiador.

O Allianz Parque é amplamente reconhecido como uma das melhores arenas da América do Sul para shows e eventos, e é frequentemente procurado para grandes apresentações. A arena encerrará o ano com um total de 37 shows realizados. O Palmeiras tem obtido uma média de quase R$ 3 milhões em receita bruta por partida em 2023, incluindo os jogos realizados no Morumbi. Além disso, o clube ultrapassou a marca de 1 milhão de espectadores em sua casa na atual temporada, embora tenha precisado de cinco jogos a menos em comparação ao ano anterior para alcançar esse número.

É importante mencionar que desde abril, o Palmeiras e a WTorre têm travado uma disputa relacionada a questões financeiras. O clube alega que a Real Arenas, empresa criada pela construtora para gerenciar o Allianz Parque, não tem realizado os devidos repasses das receitas provenientes do uso da arena palmeirense desde 2015, um montante que chega a quase R$ 130 milhões. Leila Pereira, presidente do Palmeiras, classificou a parceria como um "negócio terrível" para o clube e criticou diversas vezes a empresa gestora, que nega qualquer falta de pagamento e afirma que tomará as medidas legais cabíveis. Como resultado, o clube não tem recebido nenhum valor que lhe é devido referente à arrecadação de shows e eventos na arena. Em um desdobramento recente, a Justiça de São Paulo suspendeu a execução solicitada pelo Palmeiras contra a WTorre.


Data: 2023-09-20 00:00:00