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Além disso, a pedido da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a FIFA estendeu as suspensões de oito outros jogadores brasileiros, que agora também se aplicam a competições internacionais
A FIFA anunciou nesta segunda-feira a proibição vitalícia de três jogadores, Ygor Catatau, Matheus Gomes e Gabriel Tota, envolvidos em casos de manipulação de resultados relacionados a apostas esportivas.
Além disso, a pedido da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a FIFA estendeu as suspensões de oito outros jogadores brasileiros, que agora também se aplicam a competições internacionais.
Os nomes dos 11 jogadores e as respectivas penalizações foram divulgados no site oficial da FIFA. Inicialmente, as sanções eram válidas apenas em território nacional, sendo impostas pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). No entanto, alguns jogadores, como Eduardo Bauermann, ex-Santos, conseguiram contratos no exterior para continuar suas carreiras.
As punições foram resultado de uma investigação do Ministério Público de Goiás, chamada Operação Penalidade Máxima, que revelou um esquema de manipulação de apostas esportivas em jogos das séries A e B do Campeonato Brasileiro, bem como partidas do Paulistão e Gauchão de 2023. Jogadores cooptados por grupos criminosos recebiam pagamentos para realizar ações como provocar cartões amarelos e vermelhos durante as partidas, visando beneficiar os apostadores. Alguns desses atletas também enfrentam acusações criminais por seu envolvimento no esquema.
Aqui estão os jogadores listados pela FIFA, juntamente com as durações de suas suspensões:
Segundo a investigação, a quadrilha analisava partidas e eventos esportivos que proporcionavam o maior retorno financeiro em apostas. Posteriormente, os líderes do esquema entravam em contato com os jogadores, oferecendo uma parte do pagamento antecipadamente como incentivo. Os criminosos acompanhavam os jogos e, se os jogadores cumprissem as ações acordadas, o restante do pagamento era efetuado após o jogo.
Atualmente, Bruno Lopez, Romario Hugo dos Santos e Thiago Chambó, suspeitos de liderar a quadrilha, estão sob custódia. Bruno Lopez, também conhecido como "BL", já havia sido preso durante a primeira fase da Operação Penalidade Máxima, realizada em fevereiro, que se concentrava em jogos da segunda divisão nacional. Ele foi libertado sob fiança, mas posteriormente foi detido novamente na segunda fase da operação. Romarinho é mencionado nas investigações como responsável por aliciar e ameaçar o zagueiro Eduardo Bauermann, enquanto Chambó é identificado como um dos financiadores do esquema.
É relevante observar que, em julho, o governo federal publicou uma medida provisória para regulamentar as apostas de quota fixa, proibindo a publicidade e propaganda comercial de operadores não autorizados. A MP determina que apenas empresas do setor habilitadas podem receber apostas relacionadas a eventos esportivos oficiais organizados por federações, ligas e confederações. Empresas não habilitadas estarão sujeitas a práticas ilegais e não poderão realizar publicidade, incluindo em meios digitais.