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Jogos Pan-americanos: Futebol feminino: favorita, seleção estreia para "esquecer o Mundial"

Equipe pega a Costa Rica neste sábado, às 19h. Vadão diz que Brasil não pode ter medo da resposabilidade pela busca do ouro: "Nós somos a seleção brasileira"



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Uma chance de dar a volta por cima e esquecer o Mundial e a eliminação nas oitavas de final diante da Austrália. Assim a seleção feminina encara os Jogos Pan-Americanos, que começam neste sábado para a equipe capitaneada por Formiga. A estreia é diante de um time já conhecido. A Costa Rica, a quem a seleção venceu por 1 a 0 no último jogo da primeira fase da Copa do Mundo. Vadão reconhece que a eliminação foi em um momento inesperado, mas que o grupo tem a chance de alcançar uma nota meta. E ela não é modesta.

- Ainda bem que nós temos a oportunidade de esquecer o Mundial. Simplesmente saímos em um momento que não esperávamos. Sabíamos que o confronto era muito difícil, uma equipe muito rápida. Assistimos aos confrontos contra Estados Unidos, Suécia, eles tinham jogado muito bem. Sabíamos que era difícil, mas como estávamos muito bem preparados, não é que nos surpreendemos, nós tivemos as melhores oportunidades, teve o controle do jogo. Então tudo correu como a gente planejou. A única coisa que não planejamos foi não fazer os gols e sofrer aquele gol no final da partida – declarou Vadão ao GloboEsporte.com por telefone.

Vadão não tem receio de afirmar. A seleção chega ao Pan como favorita. A pressão pelo resultado não é algo que possa atrapalhar. A garantia é do comandante da equipe. Ele diz que o favoritismo só será válido se o Brasil chegar pensando que, sim, irá vencer e chegar adiante.

- Não pode atrapalhar. Nós somos a seleção brasileira. Se nós vamos disputar o Mundial e falamos que é um campeonato mais difícil, com grandes potências. Se no Pan não há tantas equipes assim, lógico que o Brasil passa a ser favorito. Na teoria, antes de começar o campeonato, vão apostar em Brasil e Canadá. Só vai se tornar isso se nós pensarmos que vamos vencer e vamos chegar. A caminhada é mais curta porque da primeira fase você já vai para a semifinal. As chances são boas para todo mundo se classificar. O fato de sermos considerados favoritos não nos incomoda de forma nenhuma.


A chave do Brasil conta com as donas da casa. No último jogo da primeira fase, a seleção brasileira encara o Canadá. Já colocado como força durante o Mundial, o país, por novamente jogar em casa assim como na Copa, é visto como personagem principal. Mas Vadão ressalta que primeiramente é preciso passar por Costa Rica e Equador e quem sabe já chegar até mesmo com a classificação para a partida.

- O Canadá vai ser um adversário complicado e vai ser um dos candidatos a medalha. Isso é inevitável. Inclusive foi mais longe que a gente. O que a gente não pode é cometer um erro. Qual foi o grande resultado do Mundial que assustou todo mundo? Foi a vitória da Colômbia sobre a França. Então, o que a gente não pode é pensar: "Vamos nos preocupar com o Canadá". Não. Nós temos dois jogos antes e podemos já ter nossa classificação vencendo os dois jogos antes e a gente não ser surpreendido teoricamente seria mais fraca. Você vai com essa mentalidade de "já ganhou" e você acaba sendo surpreendido como a França foi pela Colômbia. Não estou dizendo que a França pensou isso. Estou citando um exemplo de um resultado que talvez fugiu  do que as pessoas poderiam pensar. Não cometer o erro de ficar preocupado com o Canadá ou com a segunda fase. Primeiro vamos pensar na Costa Rica, depois tem o Equador.

Após o Pan, Vadão irá se reunir com o comando do futebol feminino para definir como será o restante da temporada de 2015 da seleção. Estão marcados já compromissos da equipe como amistoso diante dos Estados Unidos e o Torneio Internacional de Brasília, vencido pelo Brasil na edição de 2014. Há a possibilidade também de que as atletas deixem por um período a seleção permanente para que joguem o Brasileiro feminino. 

- Logicamente tem muita menina que pode sair agora, que vai. Algumas meninas podem jogar o Brasileiro. Então tudo isso vai ser discutido agora depois do Pan. Mas o planejamento dos amistosos contra Estados Unidos e o Torneio internacional de Brasília, esse calendário está fechado. O que tem que se discutir melhor é se as meninas vão disputar o Brasileiro ou não. Aí a CBF dará um jeito de colocar essas meninas dentro do Brasileiro para que elas possam jogar. O resto do planejamento está definido

Vadão explica que é importante que as jogadoras saiam um pouco desse regime de concentração, além de tornar o Brasileiro mais forte e ainda dar chance de mais atletas serem observadas.

- É pelo fato de ficar chato você ficar sempre no hotel com folgas programadas porque a pessoa não está liberada. Acaba o treino ela vai para o hotel, acaba o treino ela vai para o quarto. É diferente quando você está em um clube e vai para casa, shopping, namorar. É diferente. Até por esse fato estressante de ficar um longo período junto é bom que isso possa ser diluído no segundo semestre sem que isso prejudique o calendário. Se isso não for possível, seguiremos com a seleção treinando. Elas não podem ficar paradas e só se apresentar para amistosos. Caso fique assim, seguiremos com todo o projeto da seleção permanente. A gente acha viável que elas possam jogar e nós iremos monitorar para que possamos inclusive observar outras atletas também e ver novos valores para o campeonato – afirmou.

O confronto deste sábado começa às 19h (de Brasília) e terá acompanhamento em tempo real do GloboEsporte.com. O Brasil entra em campo com Luciana; Fabiana, Mônica, Rafaelle, Tamires; Thaisa, Andressinha, Formiga; Raquel, Andressa Alves e Cristiane. A equipe está no Grupo B do futebol feminino. A partida de estreia ocorre na cidade de Hamilton, no Canadá

 


Data: 2015-07-11 00:00:00